quinta-feira, 7 de abril de 2011

BOLSA FAMÍLIA: 419 MIL FAMÍLIAS ALAGOANAS ALIVIAM A FOME COM BENEFÍCIO


Por: Juliana Duarte – Colaboradora do Site Cadaminuto
 
        Entre os programas de transferência de renda do Governo Federal, o Bolsa Família é o que atinge o maior número de pessoas e, consequentemente, o que gera mais discussões. Em Alagoas, o programa está presente nos 102 municípios, atende a 419 mil famílias e movimenta mais de R$ 41 milhões.
        Segundo a assistente social Maria José Cardoso, especialista em políticas públicas, o programa possui três objetivos definidos: alívio imediato da fome; acesso a políticas públicas e desenvolvimento das famílias, uma vez que as famílias assistidas devem apresentar renda máxima de R$ 140,00 por pessoa.
        Para participar do programa o interessado deve realizar o cadastro junto à coordenação do município, e além da comprovação da renda, deve apresentar os filhos na escola (com freqüência mínima de 85%) e se compromete a realizar o acompanhamento médico dos filhos, que devem ter idade entre 0 e 18 anos.
        Aparecida Maria da Silva, de 35 anos é beneficiária do Bolsa Família. Ela tem 5 filhos e recebe R$ 134,00 por mês. Para ela, o valor repassado ajuda e muito, a complementar a renda da família. O marido Genivaldo, que é servente de pedreiro, recebe R$ 600,00. “Com o dinheiro eu compro roupas, calçados, gás, comida e material escolar para os meus filhos. Antes a gente tinha só o dinheiro do meu marido. Hoje está melhor”, afirma. Edvânia da Silva, diarista, tem dois filhos adolescentes que ainda estão cadastrados no Programa. Segundo Edvânia, a renda, além de ajudar na compra de gás, alimentação e material escolar, possibilitou a complementação da educação dos jovens. “Paguei o curso de informática de um ano para a Janaína, agora que ela está terminando, quero pagar o mesmo curso para o mais velho, Jerônimo. Sei que vai ser muito importante quando eles terminarem a escola e começarem a trabalhar”. Além da transferência de renda, o Bolsa Família tem contribuído diretamente para a mudança de indicativos de educação e saúde. A freqüência dos estudantes na sala de aula e o acompanhamento médico é uma preocupação presente entre os beneficiários do programa. “Eu sempre acompanho meus filhos na escola. Não deixo faltar de jeito nenhum. Também levo os menores no posto de saúde. Se ficam doentes eu levo pro médico e pego logo atestado. Faço tudo direitinho, porque esse benefício é muito importante para a gente”, enfatiza Hélia Vicente da Silva, 34 anos, mãe de 4 filhos e beneficiária do programa. Ela recebe R$ 146,00 pelo Bolsa Família.
          Mas nem tudo são flores. O programa esbarra na desorientação dos beneficiários, que não são informados das obrigações e responsabilidades quanto ao repasse do dinheiro, no preconceito da classe média e na corrupção e desvio das verbas. Muitas pessoas desconhecem que medidas tomar e acabam perdendo o benefício. Isso sem contar com a crítica da elite social que não concorda com o repasse dessa verba, além das constantes denúncias de uso indevido do benefício, com escândalos onde até políticos aparecem como beneficiários do projeto.
“O governo Federal busca sempre cruzar informações e recadastrar as famílias. Assim tenta amenizar a questão, dispensando quem não precisa e atendendo aos mais necessitados. Existem casos de pessoas que possuíam moto e carros. O benefício é temporário, e deve durar enquanto as famílias atingirem os requisitos estabelecidos”, completou Maria José Cardoso.
          O economista Cícero Péricles analisa o Bolsa Família como uma iniciativa positiva na vida das pessoas e na economia nacional, em especial em Alagoas. “Sou absolutamente favorável ao Bolsa Família. Com ele todo mundo passou a ter uma renda mínima. O programa atinge às necessidades básicas de saúde e educação”.
          Em relação às críticas oriundas da classe média, o economista completa: “o programa não gera dependência. O que falta é capacitação. Para cada vaga surgida é exigida uma escolaridade mínima, e a maioria não atende a essa exigência, está completamente fora de combate”, finaliza.
 

2 comentários:

  1. quero só sabe pq estão cortando as bolsas familias das pessoas de canapi ?????????????

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  2. só é cortado quem nao se encaixa nos padroes das leis!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!................dinha

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A Redação - 11/01/2017

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