sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O polêmico rateio dos professores da rede pública municipal: Verdades que nunca foram expostas publicamente.

Generalizar é um erro, uma grande injustiça, no entanto, sei que muitos vão se identificar, por isso, espero que não se tornem meus inimigos, mas que reflitam com atenção aos fatos.

Por: Marcio Martins
Créditos: Reprodução/Google imagens

Uma grande polêmica se formou em torno do rateio dos professores desde que o prefeito Celso Luiz anunciou sua divisão entre todos os educadores do municipio, efetivos e contratados.

Após o anuncio feito durante um grande evento de confraternização da categoria, muitos professores se posicionaram contra a intenção do gestor, sobre a alegação de que muitos desses profissionais foram contratados de forma irregular, sem qualificação e sem necessidade, mas por simples e pura conveniência politica, o que geralmente em alguns casos é a mais pura realidade, afinal de contas, o que vale por aqui não é competência ou qualificação, mas a bandeira politica que o eleitor balança.

Contudo! a polêmica foi levantada e o prefeito Celso Luiz chegou a recuar, ao dizer durante assembléia com os professores efetivos da rede municipal realizada na sede do SINDSCAN que ainda iria estudar melhor a questão, mas não descartou a inclusão dos contratados na folha de pagamento do rateio prevista para o final deste ano, e  nesta quinta-feira (26) anunciou via facebook o pagamento de 600,00 de abono (rateio) para a categoria ainda nesta sexta-feira (27).  

Após o anuncio do pagamento de parte do rateio para os professores contratados, muitos educadores efetivos foram as redes sociais questionar se os recursos utilizados para fazer tal pagamento seria proveniente dos 60% do FUNDEB, por esse motivo achei importante responder através deste artigo. 

Estamos no 1º ano de governo da atual gestão, são 12 meses de pagamento efetuados aos professores contratados justamente com os 60% do FUNDEB, logo, se existe irregularidades existe desde o inicio do ano, mas ninguem se posicionou contra ou entrou com qualquer tipo de ação para conter a "farra dos contratos". Sabe porque? porque até naquele momento ninguém estava sentindo no próprio bolso, mas agora muitos querem apontar o dedo, o que seria louvável, afinal, se é direito tem que ser garantido e temos sim que lutar por ele, mas cadê esta preocupação com os 40% do FUNDEB que é o recurso que poderia oferecer melhor qualidade de ensino, conforto e segurança aos alunos?

Quero deixar claro que não estou aqui para defender ninguém e muito menos governo, afinal, são sempre os mesmo, sempre se reversando, mas a verdade precisa ser dita, as pessoas precisam refletir, olhar para o próprio umbigo, acabar com a hipocrisia, pois uma coisa é você comentar na rua, fazer um simples comentário numa rede social, outra coisa é você expor para o mundo as barbaridades que acontecem neste municipio desde sua emancipação. Vamos dar Cesar o que é de Cesar, e se alguém conseguir provas fraudes e farras com o dinheiro público mande pra mim que vocês já sabem o que irei fazer com elas, pois ao contrário de muitos, minhas reivindicações, criticas e denuncias não ficam entre amigos, levo a público e por isso sou caluniado, ameaçado e perseguido, simplesmente por falar a verdade que muitos não querem ouvir. É como dizia Martin Luter King: "Para arranjar inimigos você não precisa declarar guerra, basta falar a verdade".

O atual prefeito erra mais uma vez, ao invés de pagar o justo 13º dos professores contratados, opta pela mesma medida eleitoreira da antiga gestão e resolve pagar rateio a categoria não efetivada, mesmo diante de uma enorme enxurrada de acusações da classe efetiva sobre as inúmeras irregularidades apontadas nos critérios de contratação adotados pela prefeitura. 

Vamos aos fatos: Será que se o prefeito tivesse anunciado o pagamento do 13º dos professores contratados haveria tamanha insatisfação dos demais educadores? O que acontece na minha modesta opinião em todas as gestões pós FUNDEB, é que os prefeitos que deveriam fazer concurso para suprir a carência destes profissionais, simplesmente não fazem para manter seus votos de cabresto, pois tem os profissionais contratados como voto certo e seguro, afinal, mesmo sem pagar todos os seus direitos, todos continuarão votando em seu empregador para não perder o emprego com uma provável mudança de prefeito e assim qualquer direito a mais que venha a ser ofertado é tratado como uma grande generosidade do gestor, já os concursados não querem saber disso, são sindicalizados, conhecem seus direitos e não deixam passar nada, só pecam numa coisa, muitos usam como critério de merecimento do voto, as vantagens pessoais garantidas pelo gestor em sua conta bancária, se governa bem, se mora no municipio, se não desvia dinheiro público, isso não importa, "prefeito bom e aquele que me favorece" é o que muitos dizem.

Embora estejam com razão no que diz respeito aos critérios de contratação feitos pela Prefeitura Municipal para composição do quadro de educadores do municipio, os professores efetivos vinham sendo mau acostumados pela antiga gestão, que "fazia a alegria de uns, com a tristeza de outros" ao pagar polpudos rateios aos professores efetivos, enquanto os contratados eram demitidos sem direito a 13º e com prazo para nova admissão dois meses depois. Quer dizer! Enquanto os professores efetivos desfrutavam no final do ano de uma Ceia de Natal bela e farta, os contratados, não podiam comprar nem o peru, pois poderia faltar renda para cobrir as despesas dos dois meses que ficavam desempregados. Uma injustiça total, visto que os professores contratados recebiam pelos mesmos 60% do FUNDEB. Portanto! parte das sobras desses recursos tinham por obrigação contemplar pelo menos o 13º da categoria, mas pelo contrário, os recursos que deveriam ser utilizados para pagar o abono era sumariamente dividido entre os educadores efetivos, que sem ter nada haver com a história só faziam agradecer a "boa vontade do prefeito", que por esse motivo e somente por este motivo, foi considerado por muitos como o homem que revolucionou a educação de Canapi e que o SINDSCAN que tanto lutou para que o gestor cumprisse a lei, não fez mais que sua obrigação.

Astuto, o ex-prefeito sabia como poucos a quem agradar e como agradar. No final dos seus três últimos anos de governo o rateio era somado com o salário, 13º e terço de férias, tal estratégia repercutia entre a população menos esclarecida, que acreditando ser o rateio aquilo tudo, elogiava o gestor e muitos ignorantes ainda tinham a desfaçatez de dizer que o mesmo só pagava porque queria e que por isso era bom, até porque não ficava só nisso, pois este também chegou a pagar rateio no meio do ano, uma atitude ariscada e totalmente irresponsável visto que se nos próximos meses a arrecadação caísse, se quer os salários dos educadores a prefeitura poderia pagar, mas a sorte estava ao seu lado e para a maioria dos beneficiados o que importava mesmo era dinheiro no bolso, e só.

Este ano o atual prefeito fez diferente deixando tudo para o final do ano e por esse motivo vem recebendo uma enxurrada de criticas, que até agora não podem ser definidas como justas ou não, afinal de contas o ano ainda não acabou, o rateio é uma realidade e o prefeito se comprometeu em prestar contas de tudo no inicio do próximo ano.

Mas as criticas antecipadas ganharam força após o pagamento de parte do rateio feito no inicio do mês no valor de 2 mil reais para classe efetiva, isso porque a maioria absoluta achou pouco o valor se comparado a gestão anterior, no entanto, se a estratégia do atual gestor fosse a mesma, esse primeiro rateio ficaria em torno de 5 mil reais, afinal, junto a ele seria incorporado o salário, o 13º e o terço de férias, como fazia o ex-prefeito.

Sobre a segunda parcela do rateio, muitas especulações mirabolantes estão sendo espalhadas aos quatro ventos, tem educador falando em até 14 mil reais para cada professor, outros mais pessimistas falam em 2 mil e assim segue-se os boatos, quando todo mundo sabe que para ser ter uma noção aproximada do valor a ser rateado é só comparar receita e despesa e em seguida dividir as sobras, no entanto, o atual governo, assim como o governo anterior e todos os outros governos que passaram por este municipio, guardam a sete chaves o que deveria ser público e ninguem fica sabendo qual a verdadeira despesa da prefeitura com o pagamento de pessoal, nem mesmo os "fiscais da lei" os vereadores, haja visto que a muito tempo não passam de meros empregados do prefeito ou do candidato de oposição, (a verdade seja dita).

Apesar disso, a receita está disponível através da internet e com isso uma previsão bem elaborada dar pra ser feita, mas isso requer tempo e estudo, por esse motivo as pessoas não querem nem saber preferem especular e fazer politicagem com o tema.

Na verdade, sabemos nós que em municípios pequenos como o nosso querem a todo custo impor a regra de que: "manda quem pode, obedece quem tem juízo, e que o mundo é dos mais espertos, mesmo que tal esperteza signifique passar por cima dos outros". É em municípios como o nosso onde reina o individualismo e as pessoas para se manter por cima imploram o retorno ou a continuidade de governantes que os favoreça, e o resto, com perdão da expressão, que se dan... Prevalece no coração destas pessoas aquela velha frase: Eu quero é mamar!

Pois bem; quando o assunto é dinheiro as pessoas mudam ou melhor, se revelam. O direito deve ser garantido a todos independente de partido politico, mas infelizmente estamos a séculos de uma conscientização politica diferente.


"Goste quem gostar não estou aqui para agradar, mas para trazer a verdade dos fatos doa a quem doer, e quem achar ruim, desafio a apontar uma única mentira que aqui fora relatada. Gosto de politica e não de politico, faço politica e não politicagem e meu partido é o justo e o correto e não o que me é conveniente". Fica a dica! ...........  (Marcio Martins)



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2 comentários:

  1. parabens pelo artigo, pena que o povo de Canapi, NAO todos mais a maioria trocam seus votos por empregos, dinheiro e outras coisa, nao pelas ideis ou programas apresentados pelos candidatos na epoca da eleicao, e termina dando nisto

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A Redação - 11/01/2017

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