segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Por um povo livre e uma sociedade justa, os empregos em troca do voto precisam acabar!


Só assim será decretado a queda das oligarquias e o fim do voto de cabresto do coronelismo moderno.


Por: Marcio Martins
Crédito: Reprodução/Google Imagens

Há quem diga que o que mantem as oligarquias no poder e alimenta o coronelismo moderno é a "compra de votos"? O que não deixa de ser verdade, afinal de contas, o eleitor já recebe o dinheiro do candidato com o compromisso de nele votar. Porém, como diz um velho ditado popular: "o buraco é bem mais embaixo" pois o que sustenta o voto mesmo, são as trocas de favores e principalmente as promessas de "emprego", haja visto que o dinheiro da compra de votos pode ser superado com outra quantia ainda maior dada ao "eleitor mercadoria" que tem prazo de validade de 02 anos, já a promessa de emprego não, pois esta decorre do interesse do eleitor de passar os 04 anos da futura gestão recebendo seja um valor considerável ou migalhas, independentemente do mau-caratismo do candidato, de sua ficha "imunda" e dos inúmeros casos de corrupção e até de homicídio que o mesmo esteja sendo acusado, até porque, o que importa mesmo para a grande maioria dos eleitores é o favorecimento individual, é o olhar apenas para seu próprio umbigo e que se dane o resto do mundo, mesmo que neste "resto de mundo" estejam seus pais e seus filhos, pois quem troca o voto por promessa de emprego, penso eu, que só pode sofrer de uma amnésia crônica no momento da negociação, ao ponto de não lembrar que todos nós sem exceção, do pobre ao mais rico dos cidadãos dependem da política da coletividade, onde a politicagem da individualidade é sua inimiga número 1.

Mas quem troca o voto por promessa de emprego, tem sempre várias desculpas a dá... "É porque eu preciso, estou passando necessidade, tenho um filho desempregado e não quero ver ele indo embora daqui trabalhar em São Paulo ariscando a vida, tenho uma filha formada que precisa desse emprego e por ai vai... Mas ai eu pergunto: E quem disse que a prefeitura é uma fazenda onde o dono é o prefeito e os encarregados são os vereadores para empregar quem eles queiram? E porque podemos nos achar no direito de ter esse emprego por ter votado no vereador ou no prefeito, mesmo sendo menos capacitado para a vaga do que quem não votou? Política não é religião e muito menos futebol, pois esta mexe com a vida das pessoas e justamente por isso, emprego público legal, somente através de concurso público, pois do contrário é voto de cabresto dos coronéis e das oligarquias do século XXI, que você ajuda a manter no poder enriquecendo as custas da miséria do seu próximo, quando troca a sua consciência, dignidade e liberdade por um emprego ou migalha. E como se não bastasse tamanha degeneração moral, quem vende e troca o voto se torna um criminoso tão nocivo a sociedade quanto o político corrupto ao qual deu poder.

Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.

E assim encerro este artigo na esperança que pelo menos um leitor deste, pare um pouco para refletir e mudar essa história a começar por si mesmo, para que nunca mais faça jus a esta frase:

"O brasileiro vota no político para ele tirar a porta de sua casa e colocar uma porteira"

(Juahrez Alves) 

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A Redação - 11/01/2017

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