terça-feira, 20 de setembro de 2011

SAIBA QUEM SÃO OS TATURANAS E QUANTO CADA UM DESVIOU DOS COFRES PÚBLICOS

“um império da corrupção” assim classificou o ministério público
 
Por: Marcio Martins
Fonte: www.tudonahora.com.br

Enquanto alguns eleitores individualistas que só se preocupam com seu próprio umbigo, fazem festa e churrasco para homenagear políticos envolvidos em esquemas de corrupção, que indiretamente causam a morte de milhares de brasileiros por falta de vagas nos hospitais públicos ou por falta destes que ainda encontram-se em construção a se deteriorar por falta de recursos. A Policia Federal está fechando o cerco contra os famosos “taturanas”, acusados de comandar um esquema de corrupção que desviou mais de 300 milhões da Assembléia Legislativa do Estado.

Veja abaixo quem são cada um deles e quanto cada um embolsou, segundo reportagem do ultimo dia 15/09/2011 do portal tudo na hora. 

Atualizada às 15h36 de 16 de setembro de 2011.

A denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) à Justiça na terça-feira (13), que aponta 16 deputados, ex-deputados e um funcionário como responsáveis pelo desvio de mais de R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), preenche 210 páginas de um denso relatório que detalha o volume de dinheiro que cada acusado movimentou com a fraude. Segundo o documento, o deputado Cícero Ferro foi o que movimentou mais dinheiro do esquema: foram quase R$ 21,5 milhões.

A TV Pajuçara teve acesso – com exclusividade – à integra do relatório. O Ministério Público lista três nomes como os responsáveis por um “império da corrupção” construído em cima de vultosos desvios. Ao lado de Cícero Ferro, o ex-deputado Celso Luiz movimentou quase R$ 16 milhões, enquanto o então deputado estadual Arthur Lira, hoje deputado federal, se beneficiou com mais de R$ 9,5 milhões, segundo a denúncia.

O relatório do MPE discrimina a movimentação financeira de cada parlamentar denunciado, entre 2003 e 2006. Além de Cícero Ferro, Celso Luiz e Arthur Lira, os nomes e valores descritos abaixo ainda estão sendo analisados e podem engordar o valor final do desvio:

Isnaldo Bulhões – R$ 650.286,87
João Beltrão – R$ 1.131.128,69
Nelito Gomes de Barros - R$ 435.353,30
Cícero Amélio – R$ 376.000,00
Antonio Albuquerque – R$ 9.486.412,55
Dudu Albuquerque – R$ 591.468,30
Alves Correia – R$ 707.408,53
Paulão – R$ 654.102,45
Gervásio Raimundo – R$ 1.782.095,34
Gilberto Gonçalves – R$ 870.000,00
Adalberto Cavalcante – R$ 401.070,96
Maria José Vianna – R$ 143.377,22
Cícero Almeida – R$ 222.000,00

Fábio Jatobá (ex-diretor da ALE e atual prefeito de Roteiro) – Movimentação de R$ 157.500,00 caracterizada como lavagem de dinheiro para o deputado Cícero Ferro.

A ação civil pública descreve, também, o passo a passo do esquema, que foi desbaratado pela Polícia Federal durante a Operação Taturana, em dezembro de 2006. Os desvios eram feitos através de empréstimos consignados tomados pelos então deputados no Banco Rural, com o aval da Assembleia Legislativa.

A denúncia do Ministério Público se estende também ao Banco Rural e se sustenta no depoimento de Sandra Arcanjo, ex-gerente da instituição bancária, que afirma que o banco tinha plena consciência de que os valores repassados para os deputados seriam quitados com recursos da Assembleia Legislativa, e não com o próprio salário deles.

Como funcionava o esquema 

De acordo com o documento, o esquema tinha quatro etapas. Primeiro os cheques dos empréstimos eram entregues aos parlamentares. Depois, com os cheques em mãos,cada o parlamentar se dirigia ao banco, que repassava o valor correspondente ao empréstimo em caráter de antecipação de receitas, mas não descontava o cheque.

Na terceira etapa o deputado recebia da Assembléia o salário e a verba de gabinete. No valor dessa verba estavam embutidos todos os repasses para servidores fantasmas. Com o valor total em mãos, o empréstimo era pago e os cheques devolvidos aos parlamentares. Dessa forma, o empréstimo sempre era pago pela ALE e nada era descontado do salário do deputado.

Em nota, o Banco Rural esclarece os empréstimos feitos pelos deputados indiciados na Operação Taturana.

"Em relação às notícias sobre a denúncia do Ministério Público Estadual à Justiça de Alagoas, que envolvem representantes do poder público local e citam a participação de alguns bancos, dentre os quais o Banco Rural, a instituição se sente na obrigação de informar que, no seu caso, todas as operações de crédito foram liquidadas diretamente com os devedores.

Nenhuma garantia de crédito, portanto, foi utilizada na liquidação. Todo o processo de cessão de crédito foi feito de forma rigorosa e de acordo com os preceitos legais, tendo sido submetido à fiscalização do Banco Central"

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A Redação - 11/01/2017

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