quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Reunião com representantes do Governo e da Igreja Católica sepulta de vez o retorno da Tradicional Festa do Padroeiro São José em Canapi.


Festejos de rua continuarão fora do período de novenário da paróquia de São José, prejudicando o comércio local e os vendedores ambulantes do município e região.

Por: Marcio Martins
Crédito: Quiel Freitas

Pra quem sonhava como eu, com o retorno das Festividades do Padroeiro São José em Canapi, como sempre foi tradição no município, respeitando a cultura popular e o desenvolvimento econômico que os festejos sempre proporcionaram ao comércio local e aos vendedores ambulantes, bem como ao entretenimento popular e aos reencontros dos amigos e familiares que aproveitavam o período festivo para voltar à terrinha, ir à missa, passear com as crianças no parque e depois curtir os shows em praça pública, tudo foi por água abaixo na noite desta quinta-feira (30), quando um grupo de representantes do Governo Municipal se reuniu com representantes da Paróquia de São José e com o Pároco Marcio para tratar do possível retorno da Tradicional Festa do Padroeiro São José em Canapi, que já há alguns anos, por determinação do Bispo Dulcênio, a época, a frente da direção da Diocese de Palmeira dos Índios/AL, proibiu a Prefeitura de utilizar o nome do santo padroeiro nas festividades de rua da cidade, que passou a se chamar deste dia em diante, TRADICIONAL FESTA DE MARÇO.

E o Bispo Dulcênio não parou por ai, pois usurpando da autoridade dos prefeitos dos municípios aos quais suas respectivas paróquias estavam sobre a direção da Diocese de Palmeira dos Índios, Dulcênio passou a “proibir” os gestores de realizar as festividades de rua dentro do período de novenas do santo (a) padroeiro (a) e ou demais festejos religiosos. Nisso, os prefeitos por sua vez, na maior demonstração de submissão ao Bispo diocesano e comodismo político de quem pouco se importa com o desenvolvimento do seu município e muito menos com o bem estar do seu povo, a grande maioria atendeu a imposição da diocese mudando as datas dos festejos de rua e em alguns casos, acabando de vez com os festejos de rua do período.

Acontece que algumas dioceses não tiveram o mesmo entendimento do Bispo Dulcênio, ou seja, mantiveram e continuam mantendo viva a cultura popular das Tradicionais Festas do (a) Padroeiro (a) de seus respectivos municípios, inclusive alguns gestores municipais da própria Diocese de Palmeira dos Índios, numa demonstração de autoridade constituída para representar seu povo e não os interesses religiosos de quem quer que seja. Um exemplo disso foram os municípios de Poço das Trincheiras, que, aliás, realiza uma das maiores festa com denominação religiosa do estado, a Tradicional Festa de Reis, bem como o município de Mata Grande que no período dos festejos religiosos realizou uma grande festa popular com grandes atrações musicais em praça pública.

Mas o estopim mesmo que resultou do renascimento da possibilidade do retorno da Tradicional Festa do Padroeiro São José em Canapi, foi a saída do Bispo Dulcênio do comando da Diocese de Palmeira dos Indíos e o retorno das festividades de rua do Povoado Capiá da Igrejinha durante o novenário a Divina Pastora. Ou seja, mesmo município, mesma paróquia, mesma diocese e mesmo pároco e ainda sim a justificativa até hoje é de que a proibição superior continua. Inclusive esta foi à justificativa que o pároco local apresentou aos representantes do Governo Municipal em reunião nesta quinta-feira (30) na paróquia de São José, onde o reverendíssimo não foi questionado o porque dos “dois pesos e duas medidas” no tocante aos festejos do povoado e da cidade, bem como qual seria a atitude do paróquia caso o prefeito não aceitasse a imposição dos festejos de rua fora do novenário, afinal de contas, quem manda na cidade é o prefeito, este, devidamente legitimado pelo povo.

Conversa vai, conversa vem... o resultado foi ainda pior do que o que já estava posto, pois os festejos de rua continuarão fora do período do novenário, sendo que desta vez sem data definida para os shows em praça pública já que o mês de Março inteiro será dedicado ao santo padroeiro. E o pior! Acreditem se quiser! As festividades de rua voltará a fazer alusão ao Santo Padroeiro, passando do que já foi: FESTA TRADICIONAL DO PADROEIRO SÃO JOSÉ, para TRADICIONAL FESTA DE MARÇO e agora FESTEJOS ALUSIVOS AO MÊS DE SÃO JOSÉ.

Participaram da reunião representando o governo municipal; o diretor de comunicação Ezequiel Freitas, o diretor de eventos, urbanismo e iluminação pública Gijo, a diretora de Cultura Eclaúdia Bulhões e o Secretário de Administração Hemerson de Lima, além do pároco Marcio e representantes da paróquia.  





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A Redação - 11/01/2017

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