Sertanejo recebeu uma menção honrosa pela reportagem sobre os Sítios Arqueológicos descobertos em sua terra natal.
Por: Ascom/UFAL
Comemorar alegrias está na rotina de vida do ser humano. E quando motivadas por premiação então significam vitória, conquista, engrandecimento pessoal e profissional. No último sábado, cinco alunos da Universidade Federal de Alagoas foram os vencedores na categoria que os contemplava, Estudante e Menção Honrosa, no disputado Prêmio José Marques de Melo de Jornalismo em Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas.
Numa iniciativa da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) o prêmio teve como objetivo sensibilizar, fomentar e valorizar iniciativas na área em benefício da sociedade e registrou um total de 101 produções jornalísticas em suas oito categorias.
Na Categoria Estudante a reportagem Na Rota dos Ventos: AL desperdiça potencial de energia eólica, premiou os futuros jornalistas Lucas Thaynan Gomes dos Santos, Graziela França, Andreza Cristhina Brandão e Karina Karolinne Dantas, atualmente alunos do 8º período. Além do troféu, o grupo foi contemplado com um prêmio em dinheiro no valor de R$ 1 mil.
Para o grupo, a importância do prêmio se destaca por homenagear o grande e renomado pesquisador alagoano José Marques de Melo, como eles dizem, motivo de orgulho para Alagoas: ”É uma importante iniciativa e um merecido reconhecimento ao alagoano José Marque de Melo, além de incentivar o jornalismo científico, que tem um enorme potencial em nosso Estado. Esperamos que essa seja a primeira edição de muitas e que essa homenagem continue e propague ainda mais o nome do homenageado que tanto nos orgulha”, afirmam os vencedores.
Sobre a reportagem premiada, Lucas, Graziela, Andreza e Karina reforçam que serve como importante estímulo por ter sido desenvolvida ainda na Universidade como atividade de uma disciplina do então 7º período e publicada no veículo Ciber Experimental. “É gratificante saber que nossa matéria - ainda que acadêmica - abordou um tema tão importante e de grande relevância no cenário estadual. O que, sem dúvida, contribui na nossa formação acadêmica e profissional. A premiação serve como incentivo para que continuemos desenvolvendo pautas que sejam bem elaboradas e de interesse da comunidade alagoana”, afirmaram.
A menção honrosa que destacou a Ufal no Prêmio foi para a reportagem Sítios Arqueológicos são descobertos em Canapi, interior de Alagoas, do aluno Henrique Interaminense, veiculada na Agência de Notícias Ciências Alagoas. Nascido em Canapi, Sertão de Alagoas, Henrique comemora a premiação por mostrar positivamente a cidade onde nasceu, e relembrar as dificuldades enfrentadas para ser aluno na capital. Ao dizer-se vitorioso, enfatiza: “Foram muitos os obstáculos e a premiação representa, para mim, o reconhecimento de um aprendizado adquirido na Ufal”, afirma o aluno do 7º período.
O Prêmio José Marques de Melo de Jornalismo em Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas teve a co–participação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) e contemplou as seguintes categorias: Bicentenário de Alagoas; Jornalismo Impresso/Imagem; Jornalismo Impresso/Texto; Estudante; Radiojornalismo; Reportagem de TV; Reportagem Cinematográfica; e Webjornalismo (Texto, Imagem, Vídeo).
Estímulo e atuação profissional
Para o professor do curso de Jornalismo da Ufal, Júlio Arantes de Azevedo, as premiações são importantes também externamente, pela oportunidade de levar ao conhecimento da sociedade o trabalho qualificado desenvolvido no âmbito da Universidade com reflexos bastante positivos para a formação acadêmica dos alunos.
“É fundamental que se tenha algum tipo de estímulo externo à formação para que os alunos possam mostrar um pouco de seu trabalho para fora da universidade e já levando ao conhecimento dos seus futuros colegas de profissão, trabalhos qualificados que estão desenvolvendo a partir da universidade. Inciativas como a proposta pelo recente Prêmio, e consequente premiação, são importantes também para complementar a formação levando-os a perceberem que estão no caminho certo e que estão conseguindo construir uma carreira dentro da Universidade”, reforça o professor.
Júlio também participou do Prêmio de Jornalismo Ambiental, concorrendo pela TV Educativa, onde desempenha suas atividades profissionais como produtor e eventualmente, como repórter. Ele obteve o segundo lugar na categoria Reportagem de TV com a matéria Recursos não liberados sufocam pesquisa de fitoterápicos. A premiação foi extensiva à equipe formada pelo repórter cinematográfico Marcos Araújo e à produtora Maria Maciel.
Professor das disciplinas Radiojornalismo e Gêneros Radiofônicos, Júlio Arantes diz que está em mudança profissional, com maior dedicação ao ensino, mas a oportunidade de fazer uma reportagem numa TV pública, por todos os obstáculos que se enfrenta, desde recursos ao controle excessivo de conteúdo, conseguir veicular matéria e ser ainda premiado, diz considerar uma enorme vitória. “A reportagem vem mostrar como a incapacidade do Estado de criar um plano de políticas científicas e de gerir recursos destinados à pesquisa impediu a continuidade adequada de uma pesquisa realizada na Ufal”, destacou o professor.
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A Redação - 11/01/2017