sábado, 7 de janeiro de 2012

A LEI DO CÃO

Por: Marcio Martins

Ontem assisti o filme “Era uma vez” seu protagonista era um garoto nascido no moro do canta galo, Rio de Janeiro, que aos 10 anos perdeu o irmão adolescente assassinato pelo chefe do tráfico na favela, pouco tempo depois viu seu irmão mais velho ser preso após um rapa da policia carioca que encontrou uma arma em sua mochila, arma essa que o garoto teria pego para acertar contas com o assassino do irmão, revoltado por ter sido roubado pelo bando após um dia exaustivo de trabalho dele e do irmão mais velho, o qual após a prisão foi mandado para um presídio onde passou 10 anos inocente sem nunca ter sido julgado e que para respirar novamente o ar da liberdade teve que matar para não morrer e fugir para sobreviver. Entrou para o crime ao acaso do destino, vingou a morte do irmão e se tornou o chefe do morro.

Foi ai que nosso pequeno, agora adulto, viu seu irmão que havia o ensinado a ser honesto e não cair na tentação do crime se tornar o oposto do que sempre foi.  Entre a decepção e a realidade, se apaixonou por uma menina rica, que mais tarde seria seqüestrada pelo seu próprio irmão, forçado a traí-lo devido a enormes dividas com a milícia e com os criminosos que o tiraram da cadeia, precisava do dinheiro do resgate para sanar a divida. O pai da garota o apontou como seqüestrador, sua foto foi parar em todos os jornais do país. Era o irmão do chefe do trafico que havia seqüestrado a menina rica da orla de Ipanema. Sem ter a quem recorrer, foi pedir ajuda ao irmão e encontrou sua amada no cativeiro armado por ele, discutiram e acidentalmente com um tiro o matou. Conseguiu resgatá-la com a ajuda do irmão que ali sofria as dores da morte anunciada, fugiu acompanhado da amada e de um remorso sufocante, iriam de encontro ao pai da garota contar toda verdade, mas se depararam com a imprensa e a policia, se refugiaram em um quiosque na beira da praia onde trabalhava, não podia se entregar e contar toda a verdade, dizer que ela estava ali porque o amava e que ele não era bandido. Missão impossível! Afinal para a sociedade ele era um bandido de alta periculosidade, além de tudo era pobre, morava na favela e era irmão do chefe do tráfico.

Resultado! Tentou fugir apontando uma arma a cabeça da amada, não deu certo, foi convencido pela policia a liberar a garota e baixar a arma, ao que a menina rica era libertada, um atirador de elite o acertou com um tiro no peito, morreu ali como bandido sem nunca ter cometido crime algum. Sua amada caiu em desespero e ao ver o amado lavado em sangue, pegou a arma e em estado de choque atirou contra a multidão e assim foi atingida por vários disparos que a levaram a morte ao lado do amado.   


Este é o resumo de uma triste história da fixação, retrato de uma cruel realidade, fruto da falta de humanidade entre as pessoas. 

Mais existem motivos que levam a tudo isso. E aí eu lhes pergunto:

Que motivos são estes?

Eu sei; e sei que todos sabem, mas muitos somente responderão de acordo com suas convicções pessoais somadas as desculpas comuns tipo; É a desigualdade social, a ganância, a falta de políticas públicas, de Deus no coração. Pode até ser tudo isso, mas quem é o culpado?

Não! Não são os políticos, é a própria sociedade que hoje se resume a individualidade. É a lei do cão, onde cada um é por si e todos estão contra todos.

Hoje, o voto não é mais um instrumento de transformação, pelo contrário, virou moeda de troca, mas não é aquela troca que deveria ser, ou seja, o voto pelo desenvolvimento do país, mas o voto por 10, 50, 100 reais, um saco de cimento, um litro de cachaça, um pinico furado. 

Quatro anos de abandono, de atraso, de roubalheira, quem se importa? 


Hoje ser honesto para muitos é coisa de idiota, esperto é aquele que rouba, que desvia dinheiro da saúde, da educação, da merenda escolar, do saneamento básico, da habitação. Esse é o esperto e o resto é tudo otário.

É ou não é desta forma? Ou você já viu ser feita carreata e churrasco para comemorar a atitude de um cidadão que encontrou milhares de reais na rua, procurou o dono e devolveu?

Não digam que já, pois infelizmente isso não acontece, festa mesmo é feita para comemorar a soltura dos ladrões que desviaram dinheiro público e depois são postos em liberdade para continuar roubando.

Deus! Durante as eleições muitos esquecem que ele existe, mas será que nesta época seus mandamentos perdem a validade?

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo, eis o maior de todos.

Será que o eleitor que vende o voto, ama a Deus sobre todas as coisas ou sobre quase todas menos o dinheiro? E ao próximo como a ele mesmo, como? Se por sua causa um bando de corruptos são eleitos para roubar os recursos que poderiam salvar milhares de vidas nos hospitais superlotados deste país e nas favelas onde muitas entram para o crime por falta de oportunidade.

TÁ NA HORA DE DAR UM BASTA A TUDO ISSO

TÁ NA HORA DE VOCÊ QUE VOTA EM CORRUPTO, TOMAR VERGONHA NA CARA.

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A Redação - 11/01/2017

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