De acordo com a diretoria do sindicato
nenhum dos seus membros foi alvo da operação e não houve apreensão de
documentos na sede da entidade.
Por: Redação com Tnh1
Crédito: Divulgação/Redes sociais
A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (17) a 2ª fase da operação
Terra Prometida, que no ano passado desarticulou uma quadrilha suspeita de
fraudar benefícios da Previdência Social (INSS). São cumpridos oito
mandados de busca e apreensão expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal
de Alagoas, nos municípios alagoanos de Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios,
Água Branca, Canapi e Mata Grande.
A Operação Terra Prometida visa combater crimes previdenciários e tem
como alvos sindicatos de trabalhadores rurais e advogados que, supostamente,
estariam agindo em conjunto para aposentar como agricultores pessoas que nunca
trabalharam na roça.
Na 1ª fase, a operação
investigou o desvio de cerca de R$ 2 milhões e cumpriu
mandados em Delmiro, Água Branca e Canapi, no Sertão de Alagoas, em março
de 2018. À época, foi divulgado que mais de 20 benefícios teriam sido
obtidos por meio de fraude, e foram presos dois servidores do INSS, de Delmiro
Gouveia, que estariam facilitando, indevidamente, a concessão de benefícios
previdenciários rurais.
As investigações buscam apurar os delitos previstos no artigo 171,
parágrafo 3º, e artigo 288 e 313-A, todos do Código Penal Brasileiro. As
apreensões decorrentes desta operação serão juntadas ao inquérito instaurado na
Superintendência Regional da Polícia Federal em Alagoas.
A FRAUDE
O nome da Operação (Terra Prometida) foi dado em alusão aos dirigentes
sindicais e intermediários que prometiam contratos de comodato rural e
declaração de atividade rurícola para pessoas que nunca laboraram nas
propriedades informadas nos referidos documentos, em troca de favorecer os
mesmos com benefícios rurais.
As investigações iniciaram em 2016, a partir de denúncias recebidas pela
Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária da Secretaria de
Previdência, que realizou levantamento das irregularidades desde o ano de 2012.
Durante as averiguações, foi identificado que o grupo criminoso atuava há pelo
menos cinco anos e era composto por dois servidores públicos, como também por
dirigentes sindicais e intermediários.
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A Redação - 11/01/2017