quarta-feira, 26 de abril de 2017

Secretário de Educação confirma o início das aulas para o próximo dia 02 de Maio e dá um importante passo pela erradicação do ensino multisseriado na zona rural.

Confirmação do início do ano letivo 2017 foi publicada em uma nota emitida a imprensa pelo Secretário Luiz Vieira, que também aproveitou o momento para falar das dificuldades que atrasou o retorno das aulas, com destaque para os 35 dias letivos que tiveram que repor da gestão anterior.

Por: Redação
NOTA: Luiz Vieira/SEMED - Canapi/AL
Crédito: Arquivo/CA

Finalmente a Secretaria Municipal de Educação resolveu romper o silêncio sobre a enxurrada de críticas que vinha sofrendo pela paralisação das aulas da rede municipal de ensino após o fechamento do ano letivo/2016 no dia 17/03/2017 a qual a atual gestão foi obrigada a dá continuidade para fechar os 35 dias letivos que faltaram em 2016, por decorrência do afastamento do ex-prefeito Celso Luiz que culminou com a paralisação das aulas por quase 03 (três) meses naquele ano.

Veja agora na íntegra a nota assinada pelo Secretário Luiz Vieira:

O município de Canapi assim como todos os municípios brasileiros, tem enfrentado ao longo dos anos sucessivos problemas e desafios educacionais. Infelizmente, a experiência nos tem mostrado, que quando um problema apresenta um caráter histórico e generalizado, logo ganha o selo da normalidade.  Contudo, o que a Educação Escolar de Canapi vivenciou no ano de 2016, não encontra paralelo nos seus 54 anos de existência. Nesse sentido, O município foi mergulhado no caos, com paralisações constantes do quadro docente efetivo, e em um determinado momento, parada definitiva, por parte do graúdo conjunto de professores contratados. Somou-se a isso, a desordem no sistema de transporte escolar e a situação sui generis que apoderou-se do Executivo e Legislativo, que protagonizaram uma confusão sem precedentes. Não é objetivo desta nota detalhar estas questões, mas tão somente, apresentar a quem interessar, de forma resumida, alguns dos problemas que inevitavelmente acabaram por engendrar entraves ao andamento do ano letivo de 2017, legando à nova administração do município, a responsabilidade de assumir cerca de dois meses referentes ao conturbado 2016. Desse modo, distribuímos entre os meses de fevereiro e março do ano em curso estas aulas do ano anterior.
Como sabemos, o início de um ano letivo pressupõe e impõe responsabilidades legais e pedagógicas, e isso não ocorre em um estalar de dedos: é preciso todo um processo que demanda licitações para merenda e transporte escolar, uma agenda para o período de matrículas e todo um conjunto de ações pedagógicas envolvendo as comunidades escolares de todo o município.  Este conjunto de ações é típico que aconteça nos meses de recesso, Janeiro e Fevereiro, entretanto, como já mencionado, por só termos concluído o ano letivo de 2016 no dia 17 de março de 2017, tais atividades ordinárias tiveram que ser realizadas com demasiado atraso. Como consequência, só foi possível estabelecer o início do ano letivo de 2017, para 02 de maio. Apesar de termos um calendário escolar com tal peculiaridade, iniciaremos o NOVO ano letivo com a certeza de estarmos colocando a casa em ordem e a confiança de que a partir deste momento, o município de Canapi voltará a ofertar a sua população uma educação escolar digna, alicerçada na preocupação e no compromisso com todos os agentes participantes do processo educacional.

Ensino multisseriado 

Embora na nota divulgada a imprensa, o Secretário Luiz Vieira não faça qualquer menção sobre esse tema, nossa redação apurou de fontes seguras que a Secretaria Municipal de Educação já deu início ao processo de organização e adequação da educação municipal que tem entre seus objetivos principais erradicar o ensino multisseriado nas escolas da zona rural visando aprimorar a qualidade do processo ensino/aprendizagem dos seus alunos. 

É claro que a proposta é uma medida bastante ousada, tendo em vista que estamos diante de um sério problema que perdura por longos e longos anos, onde entra gestor e sai gestor e o problema continua, pois como disse o secretário ouvido por nossa redação logo após tomarmos conhecimento da medida, estamos falando de cerca de 900 alunos espalhados em dezenas de escolas na zona rural, a grande maioria funcionando em média com apenas 18 alunos numa única turma que vai do pré-escolar ao 5º ano do Ensino Fundamental, obrigando o professor a se virar em 5 (cinco) pra dá conta da formação de toda a turma e onerando o município em um custo elevadíssimo e desnecessário para manter uma escola nessas condições sem efetividade alguma no processo de aprendizagem desses alunos. 

Ainda de acordo com o secretário, a meta inicial da secretaria era iniciar o ano letivo 2017 com 50% deste alunado realocado para escolas próximas das que não funcionariam mais com a educação infantil, uma espécie de escola polo que abrigue mais alunos sem a necessidade do ensino multisseriado, de modo que, as escolas não sejam fechadas uma vez que passaria a funcionar com a educação de Jovens e Adultos (EJA). Porém, infelizmente dada a complexidade da medida e da falta de credibilidade em que caiu a educação canapiense nos últimos 10 meses, esse percentual talvez não chegue a 30%, uma vez que muitos pais e professores se opõem a medida, pois embora ao participar e ouvir a proposta da secretaria cheguem até a concordar com a mudança e inclusive a assinar a ata da reunião, pouco tempo depois, influenciados por "terceiros" acabam voltando atrás e até mesmo ameaçando tirar os filhos para estudar em outro município.

Mas apesar de todas as dificuldades encontradas no combate a esse gravíssimo problema, o secretário não tem perdido as esperanças e promete enfrentar o problema que tem levado pelo menos 30% dos alunos de toda rede pública de ensino ao 6º ano sem saber ler. 

"O ensino multisseriado é uma doença silenciosa que vai matando a aprendizagem da criança sem ninguém perceber"  - Desabafou Luiz Vieira.


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A Redação - 11/01/2017

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