sábado, 28 de abril de 2018

COLUNA O EDUCADOR: Educação. um desafio aos olhos da sociedade.


Dados alarmante restrugem o Estado brasileiro, o Censo Escolar 2016, divulgados no ano anterior pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revelaram que o País ainda está longe de cumprir o preceito constitucional que manda universalizar a oferta de educação básica, pública e gratuita, para crianças e adolescentes dos 4 aos 17 anos de idade. O levantamento feito pelo Inep mostrou que 2,8 milhões de brasileiros nesta faixa etária estavam fora da escola em 2015, número que equivale à população do Distrito Federal. O resultado apresenta uma melhora ínfima em relação a 2014, quando 3 milhões de jovens não tiveram acesso à educação. Ainda, um dos grandes desafios relacionados à garantia da qualidade da educação é o de promover a permanência e a aprendizagem dos alunos nas escolas, a proporção de estudantes que concluem o ensino fundamental ainda é muito baixa, de cada 100 alunos matriculados no Ensino Fundamental, apenas 53 conseguem concluí-lo. Esse quadro agrava-se nas regiões mais pobres, como Norte e Nordeste, onde somente 40% das crianças concluem o ensino fundamental. No Sul e Sudeste, essa proporção sobe para 70%.

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), prova aplicada no ano 2015 em 70 países, Brasil ficou entre os oitos piores países ocupando a 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática, nesse contexto,Alagoas registrou a média mais baixa em relação aso Estado do sul do país nas três áreas: 360 em ciências, 362 em leitura e 339 em matemática.

Para Ricardo Falzetta, do Todos pela Educação, os dados mostram dois problemas principais. "Em primeiro lugar, que os nossos jovens não estão aprendendo conhecimentos básicos e fundamentais para que possam exercer plenamente sua cidadania enquanto jovens e depois, enquanto adultos, realizando seus projetos de vida. Em segundo lugar, a pesquisa aponta novamente – como vemos em diversos outros estudos, inclusive os nacionais – as enormes disparidades entre as regiões."

No entanto, a educação de qualidade, além de ser um direito fundamental, amplia e garante os demais direitos humanos e sociais. O Brasil convive com um quadro de desigualdades e de déficits educacionais recorrentes. Permanecem grandes os desafios que devem ser enfrentados para que se possa garantir educação de qualidade para todos e para cada educando, independentemente da origem étnica, racial, social ou geográfica.

Trazendo para dentro de nossa realidade municipal o resultado da Avaliação Nacional de Alfabetização(ANA)/2016 é mais grotesco ainda, onde mais de 60% dos alunos de 3º ano demonstra um nível de proficiência descomunal.

Outro estudo feito em meados do ano de 2017 pela Secretaria Municipal de Educação de Canapi (SEMEC) através de diagnósticos aplicados envolvendo português e matemática nas turmas de 1º ao 5º ano, mostra que não ficou muito distante dos resultado apontados pela ANA, usando os dados das turmas dos 5º anos, demonstrou que: mais de 50% dos alunos não sabem escrever seu nome completo e nem resolver com êxito uma operação simples de divisão.

 ¨estudo está sendo usado como parâmetro para tentar sanar cada deficiência encontrada na rede”(equipe-SEMEC)

É preciso que a sociedade eleve o nível de percepção em relação à importância da Escola Pública, tornando a uma questão central. Os pais, os professores, a sociedade, as comunidades precisam assumir um papel de extrema importância para problema da falta de qualidade da educação básica como algo que lhes afeta de forma dramática é necessário pressionar de maneira coerente os poderes públicos em busca da melhoria da qualidade da educação no País como um todo. MOBILIZAÇÃO,COBRANÇA e COBRANÇA sem canseira.

Percebe-se uma evidente ausência de nexo, aparentemente um beco sem saída, no País. A Educação Básica carece de qualidade, de aprendizado, e, ao mesmo tempo, a grande maioria dos pais dos alunos do ensino fundamental público aprova o que ai está. Da mesma forma, aprovam programas sócias viciantes. A perpetuação da pobreza é conseqüência direta dá má distribuição das oportunidades para os mais pobres. E o meio mais potente de buscar eqüidade é garantindo mais e melhor educação.

Luiz Vieira da Silva
Professor/Pedagogo/Psicopedagogo


Referências:
Estadão.
portal.inep.gov.br/pisa.
O Globo.
Sec. Educação de Canapi (SEMEC).

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A Redação - 11/01/2017

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