segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Prefeitura Municipal não concederá reajuste salarial aos professores e demais profissionais da educação.

Decisão tem como base um estudo técnico contratado pela atual gestão municipal apresentado aos servidores na manhã desta segunda-feira (21) na sede do SINDSCAN.

Por: Redação
Crédito: Canapi Agora

Na manhã desta Segunda-Feira (21), cerca de 30 servidores municipais entre professores e representantes do quadro administrativo da educação, participaram de um encontro com um técnico contratado pela Prefeitura Municipal para elaboração de um estudo detalhado das condições financeiras da educação municipal que recomenda a não concessão de qualquer reajuste salarial para a categoria, baseada principalmente na queda de matrículas dos últimos 05 anos na rede pública municipal de ensino e no comprometimento dos recursos oriundos do FUNDEB com folha de pagamento de pessoal que atualmente compreende 91% do fundo, quando o recomendado segundo o próprio técnico seria no máximo 84%, já superado os 60% limite do FUNDEB/60 mais 24% para complementação do todo, custeado dos outros 40% do fundo, este, destinado para pagamento salarial do quadro administrativo, reformas de escolas, compra de materiais didáticos entre outros.

Para o técnico responsável, a concessão do reajuste este ano de 6.29% que chegou a ser proposto pela atual gestão depois de muita cobrança de parte dos servidores ao SINDSCAN e que inclusive chegou a ser confirmado pelo próprio presidente do órgão que na ultima assembléia da categoria afirmou ter recebido a garantia de concessão do reajuste pela equipe de governo, aumentaria em mais 3% o impacto na folha de pagamento atingindo 10% a mais do que o recomendado por lei. Desta forma a recomendação da equipe técnica foi pela não concessão de nenhum tipo de reajuste este ano, tendo em vista que uma série de medidas que não foram possíveis de serem tomadas este ano, devem ser adotadas em 2018 para tentar corrigir algumas distorções, sendo necessária a nucleação de escolas que hoje funcionam com um número reduzidíssimo de alunos, várias em salas multisseriadas, bem como a redução no número de profissionais contratados para dá aula e gerir estas escolas que deverão deixar de existir.

A discussão foi bastante acalorada devido a contestação dos professores presentes quanto aos números apresentados pelo técnico, principalmente no tocante a enorme quantidade de servidores contratados que extrapolam a real necessidade das escolas. Somado ainda, a consciência dos educadores de que a única intenção do estudo foi mostrar a categoria que o município não tem condições financeiras para conceder nenhum tipo de reajuste salarial este ano, quando de acordo com os educadores este estudo deveria atentar também para a apresentação de meios administrativos e orçamentários que pudesse desafogar a folha salarial vigente, de modo, a cumprir a Lei Federal que reajustou o piso dos professores em 7,64%, 1,35% a mais do que chegou a ser prometido pela atual gestão municipal, mas que foi "enterrado" antes mesmo de "nascer". E que esse estudo fosse feito por um técnico contratado pelo sindicato e não pela prefeitura.

Moral da história, os profissionais da educação do município de Canapi este ano não contarão com nenhum real a mais do que já recebem, se tornando a única cidade do "Triângulo das Bermudas" assim batizado pela Polícia Federal, (Canapi, Inhapi e Mata Grande) a não ter reajuste do piso nacional que deveria ter sido concedido deste Março deste ano.

Mas apesar de todo esse "furdunço", tem professor que não está nem ai para a concessão do reajuste, diferentemente do que foi na gestão anterior quando mau chegava o mês de Março, eram protestos e mais protestos através do próprio SINDSCAN que hoje viabiliza apresentação para que a prefeitura mostre justamente o contrário do que cobravam na gestão passada. Porém, não estão nem ai apenas por mera questão político partidária, mas principalmente porque há rumores nos corredores da secretaria de educação e nas escolas que haverá rateio no final do ano, assunto que também foi questionado no encontro e que todos puderam ouvir em alto e bom som, sendo classificado pelo próprio técnico contratado pela prefeitura como MÁ GESTÃO, que ele não acredita que deva acontecer. "Até porque seria muita incoerência não conceder o reajuste da categoria alegando falta de recursos e no final do ano ter dinheiro sobrando para ratear" - Pontuou um servidor.

O encontro foi encerrado com  a convocação de uma nova reunião na sede do SINDSCAN dia 30/08 quando tudo o que se passou no encontro desta segunda-feira (21) será compartilhado com os demais servidores que não estiveram presente e consequentemente devem tomar alguma decisão de como o SINDSCAN deve se comportar daqui pra frente dada a confirmação do reajuste ZERO.


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A Redação - 11/01/2017

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