Por: Marcio Martins
Passado
mais de 10 meses da ultima eleição municipal, irei confessar algo para vocês
que não poderia confessar durante a campanha porque seria incoerente da minha
parte tendo em vista o voto e o apoio que dei ao meu candidato naquele pleito.
Acreditem
ou não, aquele foi o meu pior voto, isso mesmo, O PIOR, não pelo candidato que
votei e que não me arrependo de forma alguma, pois o tenho elevada estima e não
teria problema algum em votar nele novamente, mas pela conjuntura política que
nos obrigou a escolher entre o “menos pior” que para uns era o que ganhou e
para outros o que perdeu. Menos pior, porque se por um lado tínhamos como
candidato a prefeito o filho de um condenado pela Justiça Federal, do outro, tínhamos
um candidato apoiado por quem é acusado pelo MPF de supostamente ter liderado o
maior esquema de corrupção que esse município já viu. Certo que cada um é cada
um e ninguém pode responder pelos erros dos outros. No entanto, ao que levo
isso em consideração, você deve estar se perguntando: Então porque você diz que
seu ultimo voto para prefeito foi o pior voto da sua vida? E eu respondo: Porque
ao contrário das 03 últimas eleições, não construímos uma terceira via vinda do
povo com uma campanha diferente sem compra de votos, apoio político e troca de favores individuais. Até tentei ao declarar primeiramente voto a outro
candidato que iria enfrentar o poder econômico concentrado nas mãos dos “barões”
que estavam por trás dos candidatos que seguiram na disputa, porém o mesmo
desistiu, tentei então uma campanha até radical pelo voto em branco, até pôster
nas redes sociais cheguei a colocar, porém, não passou de meras curtidas sem
que ninguém, absolutamente ninguém, comentasse ao menos “estamos juntos”. Nisso;
o que me restou? Restou apoiar um ou outro, mesmo sabendo que a conjuntura
política por trás de ambos não nos trazia esperança de melhorias para nosso município,
todavia, entendi que havia uma esperança, uma remota possibilidade de rompimento
do candidato que votei com seu padrinho político num futuro próximo caso esse
padrinho que não seria eleito quisesse tomar as rédeas do poder e fazer do meu
candidato laranja. Esperança essa que não passava por minha cabeça ao imaginar que
o filho pudesse romper com o pai, e a prova está ai, pois quem de fato há seis
meses governa o município? E o que mudou da gestão desastrosa de “outrora” para
agora? Simplesmente é “mais do mesmo” o que não arisco dizer que não seria a
mesma coisa se meu candidato tivesse sido o eleito, pois, o sistema que o
levaria ao poder, o verdadeiro senhor de tudo, é o que de fato temos que combater
e não os nomes, sobrenomes e laranjas da politicagem local.
Por
tudo isso, hoje, estou num projeto político que visa abolir de vez as práticas
deste sistema “maldito”, mesmo sendo esse grupo composto em sua grande maioria
de pessoas que vieram deste sistema e que dificilmente se tivessem logrado êxito
o deixaria, porém, sabemos que não existem isentos no nosso município que não
tenha relação com os caciques do sistema, e justamente por isso temos que
pensar pra frente, lembrando do passado apenas para não repetir os mesmos erros
e acreditar na ideologia do real contra o milhão e não dos cem mil contra o
Milhão, pois “mais do mesmo”, deixaríamos o que ai está, afinal de contas, se tivéssemos
um milhão e não apenas cem mil faríamos a mesma campanha suja. Sendo assim, não
tem conversa, vamos à luta com as armas que temos, de uma política limpa
voltada exclusivamente para a coletividade e que busca acima de tudo valorizar as
pessoas da terra, inclusive, como nossos representantes políticos, não apenas a
nível municipal, mas a Estadual e a Federal como já foi divulgado pelo grupo.
Por
fim, esclareço que só respondo por mim e que se nesse grupo tiver gente fraca,
homem sem palavra e sem caráter, que ele, arque com as consequência dos seus
atos, pois não compactuo com isso e ainda que estes se revelem e saiam, permanecerei
firme no propósito com quem mais estiver ou mesmo só como sempre estive, pois
nunca pensei a política de forma individual, mas sempre coletiva tanto que por
várias vezes já paguei caro e continuo pagando por isso.
Essa
politicagem de privilegiados tem que acabar, pois Canapi é de todos nós!
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A Redação - 11/01/2017