Dos 17 milhões recebidos de precatórios da educação pelo município, 100% foi desviados pelo prefeito afastado e o prefeito interino segundo denuncia do MPE e do SINDSCAN protocolada nesta quinta-feira (05).
Por: Redação com Cada Minuto
Credito: Canapi Agora
O Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Canapi (Sindscan) apresentou nesta quinta-feira, 5, denúncia de desvio de recursos e irresponsabilidade administrativa contra o ex-prefeito interino, Genaldo Soares Vieira, que assumiu o cargo no ano passado, após o afastamento de Celso Luís.
Na denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Arapiraca, o sindicato acusa Genaldo de utilizar irregularmente mais de R$ 7,5 milhões oriundos do Fundeb. A entidade destaca que, após o afastamento de Celso Luís, por suspeita de desvios na ordem de R$ 10 milhões, restaram R$ 7.576.547,58 do Fundeb nos cofres da prefeitura.
No texto, os sindicalistas argumentam que o dinheiro foi liberado por decisão monocrática da conselheira substituta do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ana Raquel Ribeiro Sampaio Calheiros, “a horas do fim do mandato, cumprida pelo gerente do Banco do Brasil de Canapi sem um oficio ou alvará”, o que requer das entidades ministeriais um acompanhamento, fiscalização, investigação e punição.
Segundo a denúncia, no dia 27 de dezembro de 2016, Genaldo utilizou os R$ 7,5 milhões para o pagamento de várias pessoas jurídicas e físicas, na contramão da decisão que autorizava a utilização dos recursos apenas para despesas enquadráveis na legislação do Fundeb, ou seja: na educação municipal.
Entre os beneficiários dos repasses está o ex-prefeito Celso Luís. Dezenove depósitos online da conta do Município para a conta pessoal do ex-gestor foram efetuados neste dia 27, no valor de R$ 10.657,61 cada, totalizando R$ 202.494,59.
“Existia esse precatório de R$ 17 milhões, deste dinheiro, foi desviado o valor de R$10 milhões pelo ex-prefeito, em seguida, assumiu o cargo interino o vice, Genaldo Soares. Para nossa surpresa, no calar da noite, e em menos de 48h, ele conseguiu usar o dinheiro que o sindicato sempre atentou para ser investido somente na educação, como foi dito no acordo para liberação. Pois bem, nos deparamos que o restante do dinheiro, tomou um rumo desconhecido, sim, o dinheiro sumiu”, afirmou o professor Josemário José, presidente do Sindscan.
“É lamentável que o prefeito interino, mesmo com várias orientações, insistiu em praticar este crime Este sindicato de forma reiterada não vai admitir a má utilização e iremos comunicar a Polícia Federal (PF), assim como, o Ministério Público de Alagoas (MP/AL), Tribunal de Contas do Estado (TCE),e os demais órgãos fiscalizadores, para que possam tomar as devidas atitudes”, concluiu o sindicalista.
*Com Ascom/Sindscan
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A Redação - 11/01/2017