Ação criminosa teria ocorrido no municipio no exercicio de 2002
Por: Marcio Martins
Fonte: Cadaminuto
A advogada alagoana Christiane Araújo de Oliveira, que foi capa da revista Veja da ultima semana acusada de fazer parte de uma organização criminosa que desviou milhões de reais dos cofres públicos responde a duas ações de improbidade em tramitação na Justiça Federal em Alagoas.
Christiane é ré na Justiça Federal em Arapiraca (AL), desde 2008, em processo que apura supostos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude em licitações no caso sanguessuga.
Na época, Christiane era assessora do então deputado federal João Caldas (AL), do antigo PL (hoje PR), também indiciado na Operação Sanguessuga, esquema descoberto pela Polícia Federal que incluía o desvio de verba federal destinada à saúde. O escândalo foi chamado de "máfia das ambulâncias". O outro assessor - James Sampaio Calado Monteiro -, também indiciado, é hoje prefeito de Palmeira dos Índios (AL).
A denúncia, assinada pelo procurador da República Daniel Ricken, cita trecho de depoimento do empresário Darci Vedoin, pivô do esquema. O procurador justificou a denúncia dizendo que Christiane era quem fazia contato com os prefeitos no interior de Alagoas “para acertar os detalhes sobre o direcionamento de licitações”
Christiane é filha de Elói Correia de Oliveira, pastor da Igreja do Tabernáculo do Deus Vivo (chamada também de Igreja Nova), uma segmentação dos evangélicos. Entre evangélicos de Alagoas, o pastor não é bem visto, e alguns o consideram como uma espécie de curandeiro.
Ele tem um templo no bairro de Cruz das Almas. Lá, faria "curas".
O pastor é bem conhecido entre políticos alagoanos e ajudou a presidente Dilma Roussef a obter os votos do segmento, tanto que foi recompensado ao indicar sua filha para a equipe de transição da presidente, logo após o envolvimento de Cristiane com a Máfia das Sanguessugas ter sido apontada em uma matéria da Folha de São Paulo, a advogada acabou sendo demitida.
Municípios alagoanos
Municípios – A chamada Operação Sanguessuga foi deflagrada em 2006, após investigações iniciadas no MPF no Mato Grosso e conduzidas em um trabalho conjunto com a PF e a Receita Federal, revelando ao país a existência de um esquema milionário de desvios de recursos provenientes de emendas parlamentares direcionadas para a área de saúde, mais especificamente a programas relacionados à compra de ambulâncias e de equipamentos hospitalares.
Mas as investigações a respeito dos ilícitos criminais e administrativos praticados pela organização criminosa foram iniciadas na região Norte do País, em 2002. Os crimes de fraude a licitações, contra a Administração Pública e de lavagem de dinheiro foram praticados em quase todas as unidades da federação, possivelmente com a exceção apenas do estado do Amazonas.
Durante cerca de cinco anos, o esquema funcionou obedecendo quatro etapas: a primeira era o direcionamento das emendas orçamentárias a municípios ou entidades de interesse da quadrilha. Em seguida, o grupo tratava da execução orçamentária, participando diretamente da elaboração dos projetos necessários para execução dos convênios. A fase seguinte era a manipulação dos processos licitatórios para beneficiar as empresas participantes do esquema, através de um “kit licitação” disponibilizado pela quadrilha. A última fase era a repartição dos recursos públicos desviados entre agentes públicos, lobistas e empresários, quando suas “comissões” não haviam sido pagas antecipadamente.
Em depoimentos prestados, os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin – líderes do núcleo empresarial da organização criminosa, por meio da Planam e de outras empresas de fachada – afirmaram que em Alagoas o comando político do esquema era operado através do então deputado federal João Caldas. Ele apresentou diversas emendas orçamentárias contemplando municípios do estado de Alagoas, o que não seria nada demais, se essas emendas não tivessem inseridas no contexto das atividades da quadrilha.
Os empresários revelaram que tinham um acordo com João Caldas, segundo o qual, o então deputado recebia 10% do valor das emendas destinadas à compra de ambulâncias. Pelo que foi apurado, pelos menos nos anos de 2002 e 2003, Caldas apresentou emendas no valor de 3,8 milhões de reais, o que equivale ao recebimento de 390 mil reais em comissões recebidas indevidamente. Ainda segundo os empresários Vedoin, em Alagoas o esquema ocorreu nos municípios de Arapiraca, Canapi, Lagoa da Canoa, Paulo Jacinto, Piranhas, Porto de Pedras, Santana do Ipanema e Traipu, no exercício de 2002, e Colônia, Leopoldina, Coqueiro Seco, Igreja Nova, Joaquim Gomes, Mar Vermelho, Marimbondo, Novo Lino, Paripueira, Penedo, Santana do Mundaú, São José da Laje, São Luiz do Quitunde, São Sebastião e Viçosa, no exercício de 2003.
O MPF/AL pediu a condenação do ex-deputado federal João Caldas e da assessora Christiane Araújo pelos crimes de fraude à licitação e na execução de obra ou serviço, formação de quadrilha, corrupção passiva e desvio de recursos públicos. Os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin foram denunciados pelos crimes de fraude à licitação e na execução de obra ou serviço. Eles já respondem por formação de quadrilha em processo semelhante que tramita na Justiça Federal Mato Grosso.
Quem era o gestor na época?
ResponderExcluircidadao canapiense:a politica de alagoas ta igual a um formigueiro, se mecher vai aparecer muito mais corrupto no estado, o povo tem que mudar.
ResponderExcluirquem era a Prefeita da Época? ninguém sabe? a gestão de 2002 a 2005, de quem foi? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirVOU RESPONDER ERA RITA TENORIO.
ResponderExcluirIsso mesmo. Sabemos sim quem era e devemos ter bastante cuidado que por trás dessa fumaça tem enormes labaredas e pode incendiar canapi, assim sendo, coitados de nós!!!!
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