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IPEA
Alagoas tem 20,3% de sua população vivendo em condições extremas de pobreza, no total absoluto são 633.650 pessoas vivendo com uma renda inferior a R$ 70,00 reais por mês, no terceiro pior índice proporcional do Brasil (Maranhão tem 25,7% e Piauí 21,3%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.
O conceito de miséria foi estabelecido oficialmente na semana passada pelo governo federal, que resolveu considerar em estado de pobreza extrema quem ganha até R$ 70 por mês.
O resultado, ainda que considerado impactante, representa uma melhora para o Estado já que me 2010 Alagoas estava na ponta deste ranking com 30,2% de sua população como miseráveis.
No total o Brasil tem 16,2 milhões nesta situação, ou 8,5% da população brasileira, os estados em melhores condições são Santa Catarina e Distrito Federal com respectivamente 1,6 e 1,8% de pobreza extrema. No Nordeste a melhor situação é de Rio Grande do Norte com 12,8%.
Por essa medida, a região Nordeste é a que conta com mais pessoas em extrema pobreza. São 18,1% da população, em comparação com os 8,5% nacionais. Em seguida aparecem o Norte (16,8), Centro-Oeste (4), Sudeste (3,4) e Sul (2,6).
Os números, baseados em dados do Censo 2010, ajudarão a formular o plano Brasil Sem Miséria, uma das principais bandeiras eleitorais da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com a ministra Tereza Campello. Ela afirmou que essa população tem difícil acesso a serviços públicos apesar de ser foco de ações governamentais.
“Essa é a população mais vulnerável e, mesmo assim, os serviços públicos não estão chegando. Queremos que os serviços que já existem sirvam a essa população”, disse Campello, ao lado dos presidentes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochmann, e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eduardo Nunes. “Pretendemos ir a essa população, não fazer um chamamento e dizer que os equipamentos do Estado estão lá.”
Meta para 2016
O Ipea já divulgou estudos com previsão de fim da pobreza extrema no Brasil até 2016. Em seu discurso de posse, Dilma afirmou que acabar com a miséria será o foco de sua gestão, até 2014. O principal plano da área social do governo, a ser anunciado nos próximos dias, visará universalizar o acesso a programas de transferência de renda, ampliar e melhorar serviços públicos e capacitar mão-de-obra, com investimentos em saúde e educação.
De acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), que nos próximos anos ajudará a ajustar os números da linha de pobreza extrema, com renda de até meio salário mínimo por mês, quase 25 milhões de brasileiros deixaram as condições mais carentes entre 1995 e 2008.
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A Redação - 11/01/2017