segunda-feira, 6 de março de 2017

Em meio a polêmicas, Festa do Carreiro e Missa do Vaqueiro resgatam a cultura popular nordestina.

Pela primeira vez em 31 anos de realização da festa, não houve a celebração da Santa Missa, apenas a benção do pároco local.

Por: Redação
Créditos: Ascom/PMC e STTR

A Tradicional festa de rua do padroeiro São José foi definitivamente extinta por imposição da Igreja Católica e posterior aceitação do município, haja visto que esse ano a Festa do Carreiro e a Missa do Vaqueiro, foram retiradas da programação dos festejos religiosos de 10 a 19 de Março, passando para o início do mês, nos dias 04 e 05/03/2017.

Na verdade, já há alguns anos que a festa religiosa e a festa de rua, que por décadas representavam uma única festa, ou seja, a Tradicional Festa do Padroeiro São José, de fato já não era mais a mesma, a exemplo do ano passado quando os festejos do padroeiro pela Igreja Católica ocorreram somente entre Abril e Maio, tendo o 1º de Maio como o dia de celebração de São José operário, enquanto que coube a Prefeitura Municipal a realização da festa de rua no período tradicional.

O objetivo da Igreja foi de não misturar os eventos, tendo em vista que a liturgia religiosa não congrega com as práticas mundanas, o que para muitos canapienses faz total sentido, mas para outros não, pois consideram que tal imposição resultou mesmo foi no fim da única festa tradicional da cidade que aquecia fortemente o comércio local e garantia a expansão de geração de renda no período de festa, o que hoje se resume há apenas dois dias em datas que já não se sabe de fato quando as festividades de rua acontecerão, ou mesmo, se essa irá continuar existindo já que não representa mais a Tradicional Festa do Padroeiro, mas sim uma festa que não representa tradição alguma, (o que não quer dizer que venha a se tornar)... é aguardar pra ver!

Mas enquanto os munícipes e a própria prefeitura não passam a considerar de fato as Festividades de Março uma festa tradicional assim como foi a Tradicional Festa do Padroeiro por décadas, ainda precisamos entender um pouco mais sobre essas "confusas" mudanças de programação das festas, até porque, apesar de retirada da programação religiosa de 10 a 19 de Março, o Festival do Carreiro e a Missa do Vaqueiro, ainda sim, fizeram parte do material de divulgação dos festejos religiosos da Paróquia de São José, ao tempo em que os desfiles foram acompanhados da imagem do santo padroeiro. 

Pois bem; em meio a tantas polêmicas geradas em torno da festa, o fato é que, com padroeiro ou sem padroeiro no nome das festividades de rua, a beleza e a diversidade da cultura popular nordestina foi bem representada pelos carreiros, carroceiros e vaqueiros, com destaque para o maior desfile de carreiros de todas as edições apesar do empasse do STTR com a Prefeitura acusada pelo sindicato de tentar "usurpar" o título de organizadora da festa. Destaque também para o grupo Vaqueiros de Luxo que mesmo contra a vontade de alguns organizadores da festa, durante o desfile dos vaqueiros renderam uma bonita homenagem aos amigos integrantes do grupo que já não estão mais entre nós.









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A Redação - 11/01/2017

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