Pais prometem ir à rádio e ao
Ministério Público em busca dos direitos dos filhos.
Por: Redação
Mesmo quem nunca teve que cuidar
de nenhuma pessoa com deficiência sabe o quanto é difícil e o quanto quem cuida
renuncia de sua vida e função da vida do outro. Agora imaginem se ao invés de
um deficiente, forem dois igualmente carentes de cuidados especiais? E mais...
e se ainda por cima, ambos forem seus filhos? Pois é; essa é a atual situação
dos pais das crianças; Marcelo Henrique dos Santos Alcântara (13 anos), e Sanielly
dos Santos Alcântara (10 anos), portadores de Encefalopatia – (doença crônica
que entre outros problemas, pode causar deficiência física e retardo mental).
Cientes do grave problema que
acometera seus filhos, Marciele Alcântara, mãe das crianças e seu esposo, residentes
no bairro Mutirão, não mediram esforços em busca de tratamento especializado
para seus filhos, até que depois de muita luta e sacrifícios finalmente conseguiram
uma vaga na AACD de Recife/PE - instituição referencia no atendimento a criança
com deficiência, porém, quando tudo parecia caminhar para o inicio do
tratamento, a família se viu impossibilitada de arcar com os custos do
deslocamento a ser realizado duas vezes por semana rumo à capital pernambucana,
algo em torno de 400,00 a 500,00 por viagem, isso em carro próprio, o que já daria
um total aproximado de 4.000,00/Mês, despesa inviável para o orçamento da
família que gira em torno de dois salários mínimos recebidos de beneficio das
crianças. Nisso, para não perder a vaga, a família vinha contando com o apoio
da Prefeitura Municipal, até que o prefeito interino, não se sabe por qual motivo,
resolveu suspender a assistência dada à família, cortando o transporte e até
mesmo o combustível, tendo em vista que na impossibilidade da prefeitura enviar
um carro com a mãe e as crianças, o deslocamento se dava no veículo particular
da família. Agora, sem a liberação do transporte e do combustível, as crianças
correm o risco de perder a vaga, haja visto que de acordo com as regras da
instituição, ainda que por falta de transporte, os pacientes que apresentarem
três faltas as terapias devem ser desligados da instituição.
Acontece que; nesta segunda-feira
(12), pela terceira vez a Prefeitura Municipal negou atendimento à família, mesmo
estando ciente das graves consequências de tal recusa para com o tratamento das
crianças, afinal de contas, segundo a mãe, nem mesmo a entrega aos secretários
de transporte e de saúde de cópias de um comunicado da AACD informando da
possibilidade do desligamento das crianças por não comparecimento às terapias,
foi capaz de sensibilizar os responsáveis pela liberação do transporte ou mesmo
do combustível.
E é com esse mesmo comunicado e
outros documentos, registros de atendimento e laudos médicos que a mãe das
crianças deve ir à rádio e ao Ministério Público nesta terça-feira (13) em
Santana do Ipanema em busca dos direitos dos seus filhos, justamente no dia em
que deveria está em Recife com seus filhos em tratamento.
O outro lado
Tentamos entrar em contato com os
responsáveis pelas secretarias citadas na matéria, porém, o telefone do
Secretário de Transportes estava impossibilitado de receber ligações, já o do
secretário de saúde chamou até cair à ligação, deixamos então mensagem pelo
WhatsApp, onde o mesmo disse está viajando e que nesta terça-feira (13) se
pronunciaria a respeito do caso.
(Clique nas imagens para ampliar)
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A Redação - 11/01/2017