Iniciativa
partiu do professor de história Alexandre Lima cujo objetivo foi estimular o
senso critico dos alunos incentivando-os a pesquisar e conhecer a fundo os dois lados da
história deste marcante personagem do nordeste brasileiro ainda na primeira
metade do século XX.
Por:
Redação
Créditos: Montagem/Canapi Agora
Adorado e odiado, herói e
vilão, para uns o Robin Hood do Sertão, para outros um bandido assassino, cruel
e sanguinário, esse era Virgulino Ferreira da Silva, vulgo “Lampião” o famoso “Rei
do Cangaço” personagem de uma história real vivenciada na primeira metade do
século XX que marcou gerações e que ainda hoje, quase 80 anos depois de sua
morte ainda é lembrado e venerado pela grande maioria do povo nordestino a
considerá-lo um “herói”, porém, a crueldade dos seus atos e do seu bando em busca
do que muitos dizem que se tratava de “justiça” contra o coronelismo opressor
da época, também fez de Lampião um dos maiores “bandidos” do sertão nordestino,
um assassino sanguinário odiado por muitos.
E foi com a missão de
defender e acusar Lampião que na noite desta quinta-feira (01) os alunos do
terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Luiz Bastos “finalmente” colocaram
“O Rei do Cangaço” no banco dos réus. De
um lado, a defesa composta por sete alunos do 3º ano “c” e do outro, a acusação,
também composta por sete alunos, estes, do 3º ano “d”. Já no Juri, os
convidados; Annabelly (representante dos alunos), Cícero Marcio Malta (professor
e ex-diretor da referida escola), Marcio Martins (blogueiro e educador social)
e os professores; Gilberto Mendes, Luana Rocha e Sara Liz, que juntos, tiveram
a dura missão de avaliar o desempenho das equipes como um todo no desenrolar
das apresentações contra e a favor do réu. Apresentações essas, que foram
bastante elogiadas pelo júri, tanto da defesa, quanto da acusação, porém, como
a decisão final favorecera apenas uma das partes, por decisão unânime, venceu a
equipe do 3º ano “d” que conseguiu a condenação do Rei do Cangaço.
Vale destacar que o mais
importante legado deixado pelo projeto, não foi à sensação impar da vitória de
uma turma sobre a outra, mas, o empenho, a dedicação e a desenvoltura de todos os
alunos participantes, que por diversos momentos, passava a impressão de que o
julgamento de fato era real, realizado não por alunos que se quer iniciaram a
vida acadêmica, mas por verdadeiros profissionais do direito. Não obstante,
jamais poderíamos deixar de destacar o belíssimo trabalho da direção, coordenação
e professores da Escola Estadual Luiz Bastos que não cansa de revelar grandes
talentos, ao que de fato vem trabalhando a verdadeira formação cidadã dos seus
alunos, estimulando o senso critico através de projetos como desta natureza que
gera a oportunidade do aluno expor suas idéias, opiniões e porque não dizer,
sua verdadeira vocação. E é por conta de professores como Alexandre Lima
idealizador do projeto em pauta já em sua 2ª edição, que teoria e sonhos podem se transformar em prática e
realidade.
"Não é
possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com
adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho,
inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem
ela tampouco a sociedade muda". (Paulo Freire)
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A Redação - 11/01/2017