sábado, 14 de abril de 2018

O que Lula, Bolsonaro e Celso Luiz têm em comum.


Por: Marcio Martins
Crédito: Reprodução/Google Imagens

Nestes últimos dias, quando o assunto é política, não se fala em outra coisa neste país se não na prisão do ex-presidente Lula. Todavia; não estamos falando de qualquer pessoa, mas sim de um ex-presidente da república que ainda detém amplo apoio popular e que queiramos ou não, fez muito por este país, só que da mesma forma que fez POSITIVAMENTE, fez NEGATIVAMENTE, ao entregar o país nas mãos do cartel de empreiteiros que sugaram com força os cofres públicos desta nação, fosse através de empréstimos bilionários junto ao BNDES para obras inclusive no exterior, ou em contratos espúrios com a Petrobrás que desencadearam toda a Operação Lava Jato, resultando em algo inédito na justiça brasileira, A PRISÃO DE EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, e não de qualquer ex-presidente, mas daquele que é considerado por diversos setores da sociedade brasileira e internacional, um dos maiores líderes políticos da América Latina.

Mas não é para falar dessa “novela” que inclusive já tem filme no cinema e série na Netflix que escrevo este artigo, mas sim para levantar questionamentos sob o quanto o cidadão brasileiro está sujeito a alienação e manipulação política de quem vive da politicagem, fez e faz dela profissão, diretamente (os detentores de mandato) e indiretamente (os que ganham para enganar, manipular e fazer do povo massa de manobra para o corrupto e sua quadrilha), pessoas em boa parte, instruídas e ditas éticas e corretas, mas que não hesitam na hora de fazer discursos inflamados em defesa do seu “corrupto de estimação”, afinal de contas, nenhum ato de generosidade, compromisso ou trabalho, justifica corrupção, ou seja, nada justifica o “rouba, mas faz” e muito menos declarações do tipo; “se fulano não puder ser candidato, voto em qualquer um que ele indicar”.

É evidente que todo eleitor é livre para votar em quem quiser, inclusive no pior dos corruptos caso este consiga registrar candidatura, porém, o que esse eleitor não pode, e até pode, mas não terá credibilidade alguma, é de falar contra a corrupção defendendo corrupto e de voto consciente quando pretende votar a mando de seu corrupto de estimação. E é aqui onde chegamos ao ponto chave que dá título a este artigo, haja visto que na tarde desta quinta-feira (12), tive o desprazer de me deparar com um show de incoerência e hipocrisia de alguns ditos “moralistas” eleitores de Bolsonaro e críticos de Lula que recentemente comemoraram sua prisão, porém, não tiveram senso de ridículo algum em aplaudir e fazer “declarações apaixonadas” ao ex-prefeito Celso Luiz que após 11 meses de prisão, acusado de comandar um esquema que desviou 17 milhões de reais da Prefeitura Municipal de Canapi, foi posto em liberdade beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Ministro do STF Gilmar Mendes.

Até fogos teve! E não foi apenas em Canapi não, mas em todo o “Triângulo das Bermudas” nome dado pela PF a operação desencadeada nos municípios de Inhapi, Canapi e Mata Grande, onde CL detém enorme poder político.

Dada as circunstâncias, será que ainda preciso dizer o que Lula, Bolsonaro e Celso Luiz têm em comum? Acho que não! Contudo, para os que ainda não conseguiram interpretar, dada as exceções, a resposta é uma legião de hipócritas, fanáticos, alienados políticos e oportunistas que os idolatram, seja ignorando completamente seus atos de corrupção como no caso de Lula e CL, ou mesmo pela incoerência dos que dizem votar em Bolsonaro praticando dois discursos, um a nível nacional e outro local.

Para finalizar, peço licença ao meu amigo Duda Onça para compartilhar uma frase interrogativa de sua autoria que define bem todo esse mar de lama, incoerência e hipocrisia da politicagem nacional e local:

“Que país é esse onde a justiça que prende os corruptos é considerada a vilã?”


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A Redação - 11/01/2017

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