Por: Marcio Martins
Crédito: Reprodução/Google Imagens
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Nestes últimos dias, quando o
assunto é política, não se fala em outra coisa neste país se não na prisão do
ex-presidente Lula. Todavia; não estamos falando de qualquer pessoa, mas sim de
um ex-presidente da república que ainda detém amplo apoio popular e que
queiramos ou não, fez muito por este país, só que da mesma forma que fez POSITIVAMENTE,
fez NEGATIVAMENTE, ao entregar o país nas mãos do cartel de empreiteiros que sugaram
com força os cofres públicos desta nação, fosse através de empréstimos bilionários
junto ao BNDES para obras inclusive no exterior, ou em contratos espúrios com a
Petrobrás que desencadearam toda a Operação Lava Jato, resultando em algo inédito
na justiça brasileira, A PRISÃO DE EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, e não de
qualquer ex-presidente, mas daquele que é considerado por diversos setores da
sociedade brasileira e internacional, um dos maiores líderes políticos da
América Latina.
Mas não é para falar dessa “novela”
que inclusive já tem filme no cinema e série na Netflix que escrevo este
artigo, mas sim para levantar questionamentos sob o quanto o cidadão brasileiro
está sujeito a alienação e manipulação política de quem vive da politicagem,
fez e faz dela profissão, diretamente (os detentores de mandato) e indiretamente (os
que ganham para enganar, manipular e fazer do povo massa de manobra para o corrupto
e sua quadrilha), pessoas em boa parte, instruídas e ditas éticas e corretas,
mas que não hesitam na hora de fazer discursos inflamados em defesa do seu “corrupto
de estimação”, afinal de contas, nenhum ato de generosidade, compromisso ou
trabalho, justifica corrupção, ou seja, nada justifica o “rouba, mas
faz” e muito menos declarações do tipo; “se fulano não puder ser candidato, voto
em qualquer um que ele indicar”.
É evidente que todo eleitor é
livre para votar em quem quiser, inclusive no pior dos corruptos caso este consiga
registrar candidatura, porém, o que esse eleitor não pode, e até pode, mas não
terá credibilidade alguma, é de falar contra a corrupção defendendo corrupto e
de voto consciente quando pretende votar a mando de seu corrupto de estimação. E
é aqui onde chegamos ao ponto chave que dá título a este artigo, haja visto que
na tarde desta quinta-feira (12), tive o desprazer de me deparar com um show de
incoerência e hipocrisia de alguns ditos “moralistas” eleitores de
Bolsonaro e críticos de Lula que recentemente comemoraram sua prisão, porém, não tiveram senso de ridículo algum em aplaudir e fazer “declarações apaixonadas” ao ex-prefeito Celso Luiz que após 11
meses de prisão, acusado de comandar um esquema que desviou 17 milhões de reais
da Prefeitura Municipal de Canapi, foi posto em liberdade beneficiado por um
habeas corpus concedido pelo Ministro do STF Gilmar Mendes.
Até fogos teve! E não foi apenas
em Canapi não, mas em todo o “Triângulo das Bermudas” nome dado pela PF a
operação desencadeada nos municípios de Inhapi, Canapi e Mata Grande, onde CL
detém enorme poder político.
Dada as circunstâncias, será que
ainda preciso dizer o que Lula, Bolsonaro e Celso Luiz têm em comum? Acho que
não! Contudo, para os que ainda não conseguiram interpretar, dada as exceções, a resposta é uma legião de hipócritas, fanáticos, alienados políticos e oportunistas que os idolatram, seja ignorando
completamente seus atos de corrupção como no caso de Lula e CL, ou mesmo pela
incoerência dos que dizem votar em Bolsonaro praticando dois discursos, um a nível
nacional e outro local.
Para finalizar, peço licença ao
meu amigo Duda Onça para compartilhar uma frase interrogativa de sua autoria
que define bem todo esse mar de lama, incoerência e hipocrisia da politicagem
nacional e local:
“Que país é esse onde a justiça
que prende os corruptos é considerada a vilã?”
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A Redação - 11/01/2017