Dados
alarmante restrugem o Estado brasileiro, o Censo Escolar 2016, divulgados no
ano anterior pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), revelaram que o País ainda está longe de cumprir o preceito
constitucional que manda universalizar a oferta de educação básica, pública e
gratuita, para crianças e adolescentes dos 4 aos 17 anos de idade. O
levantamento feito pelo Inep mostrou que 2,8 milhões de brasileiros nesta faixa
etária estavam fora da escola em 2015, número que equivale à população do
Distrito Federal. O resultado apresenta uma melhora ínfima em relação a 2014,
quando 3 milhões de jovens não tiveram acesso à educação. Ainda, um dos grandes desafios relacionados à
garantia da qualidade da educação é o de promover a permanência e a
aprendizagem dos alunos nas escolas, a proporção de estudantes que concluem o
ensino fundamental ainda é muito baixa, de cada 100 alunos matriculados no
Ensino Fundamental, apenas 53 conseguem concluí-lo. Esse quadro agrava-se nas
regiões mais pobres, como Norte e Nordeste, onde somente 40% das crianças
concluem o ensino fundamental. No Sul e Sudeste, essa proporção sobe para 70%.
Dados do Programa Internacional de Avaliação de
Alunos (PISA), prova aplicada no ano
2015 em 70 países, Brasil ficou entre os oitos piores países ocupando a 63ª
posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática, nesse
contexto,Alagoas registrou a média mais baixa em relação aso Estado do sul do
país nas três áreas: 360 em ciências, 362 em leitura e 339 em matemática.
Para Ricardo
Falzetta, do Todos pela Educação, os
dados mostram dois problemas principais. "Em primeiro lugar, que os nossos
jovens não estão aprendendo conhecimentos básicos e fundamentais para que
possam exercer plenamente sua cidadania enquanto jovens e depois, enquanto
adultos, realizando seus projetos de vida. Em segundo lugar, a pesquisa aponta
novamente – como vemos em diversos outros estudos, inclusive os nacionais – as enormes
disparidades entre as regiões."
No entanto, a educação de qualidade, além de ser
um direito fundamental, amplia e garante os demais direitos humanos e sociais.
O Brasil convive com um quadro de desigualdades e de déficits educacionais
recorrentes. Permanecem grandes os desafios que devem ser enfrentados para que
se possa garantir educação de qualidade para todos e para cada educando,
independentemente da origem étnica, racial, social ou geográfica.
Trazendo para
dentro de nossa realidade municipal o resultado da Avaliação Nacional de
Alfabetização(ANA)/2016 é mais
grotesco ainda, onde mais de 60% dos alunos de 3º ano demonstra um nível de proficiência
descomunal.
Outro estudo feito em meados do ano de 2017 pela
Secretaria Municipal de Educação de Canapi (SEMEC) através de diagnósticos
aplicados envolvendo português e matemática nas turmas de 1º ao 5º ano, mostra
que não ficou muito distante dos resultado apontados pela ANA, usando os dados
das turmas dos 5º anos, demonstrou que: mais de 50% dos alunos não sabem
escrever seu nome completo e nem resolver com êxito uma operação simples de
divisão.
¨estudo
está sendo usado como parâmetro para tentar sanar cada deficiência encontrada na
rede”(equipe-SEMEC)
É preciso que a sociedade eleve o nível de percepção em
relação à importância da Escola Pública, tornando a uma questão central. Os
pais, os professores, a sociedade, as comunidades precisam assumir um papel de
extrema importância para problema da falta de qualidade da educação básica como
algo que lhes afeta de forma dramática é necessário pressionar de maneira
coerente os poderes públicos em busca da melhoria da qualidade da educação no
País como um todo. MOBILIZAÇÃO,COBRANÇA
e COBRANÇA sem canseira.
Percebe-se uma evidente ausência de nexo, aparentemente um
beco sem saída, no País. A Educação Básica carece de qualidade, de aprendizado,
e, ao mesmo tempo, a grande maioria dos pais dos alunos do ensino fundamental
público aprova o que ai está. Da mesma forma, aprovam programas sócias
viciantes. A perpetuação da pobreza é conseqüência direta dá má distribuição
das oportunidades para os mais pobres. E o meio mais potente de buscar eqüidade
é garantindo mais e melhor educação.
Luiz Vieira da Silva
Professor/Pedagogo/Psicopedagogo
Referências:
Estadão.
portal.inep.gov.br/pisa.
O Globo.
Sec. Educação de
Canapi (SEMEC).
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A Redação - 11/01/2017