sábado, 9 de abril de 2016

Comitê de Juventude debate sobre Bullying em mais um encontro promovido pelo Cactus/Visão Mundial.


Como encaminhamento, várias ações serão replicadas pelos jovens nas comunidades durante todo o mês em alusão ao dia 07 de Abril - Dia Nacional de Combate ao Bullying.

Por: Redação com Brasil Escola
Créditos: Canapi Agora

Na manhã deste Sábado (09) cerca de 40 adolescentes e jovens de diversas comunidades rurais dos municípios de Canapi e Mata Grande estiveram reunidos na sede do PDA Serrana no Bairro Mutirão em Canapi discutindo sobre um problema sério que afeta milhões de crianças e adolescentes no Brasil e no Mundo. 

O Bullying termo da língua inglesa (bully = “valentão”) se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

Com o intuito de trazer os jovens para o centro do debate a cerca deste grave problema que fere o principio constitucional do respeito a dignidade humana, a equipe do PDA Serrana reuniu jovens representantes de todos os grupos de MJPOP que atuam dentro da área de atuação do programa. Na oportunidade, foram exibidos alguns vídeos e reportagens evidenciando o problema e apresentando formas de como combater o Bullying tanto no ambiente escolar, onde a incidência de casos é bem maior, quanto em outros espaços que fazem parte do dia a dia da vitima e do agressor.

Entre uma fala e outra, rolou muita emoção quando uma das jovens participantes resolveu abrir seu coração e contar que vem sofrendo bullying por parte de seus colegas de escola que a discriminam pelo seu cabelo crespo. E o pior de tudo isso, se é que uma situação como essa possa piorar, o bullying não partiu dos alunos e sim de um dos funcionários da instituição de ensino. Durante o depoimento a adolescente chegou a se emocionar e acabou sendo homenageada com uma salva de palmas pelos colegas por sua coragem em compartilhar o problema com todo o grupo.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.

As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, 
com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
Quem pratica o bullying fere o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Por isso e tudo mais, a Visão Mundial pede: CHEGA DE BULLYING!







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A Redação - 11/01/2017

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