Como encaminhamento, várias ações serão replicadas pelos jovens nas comunidades durante todo o mês em alusão ao dia 07 de Abril - Dia Nacional de Combate ao Bullying.
Por: Redação com Brasil Escola
Créditos: Canapi Agora
Na manhã deste Sábado (09) cerca de 40 adolescentes e jovens de diversas comunidades rurais dos municípios de Canapi e Mata Grande estiveram reunidos na sede do PDA Serrana no Bairro Mutirão em Canapi discutindo sobre um problema sério que afeta milhões de crianças e adolescentes no Brasil e no Mundo.
O Bullying termo da língua inglesa (bully = “valentão”) se refere a todas as formas de
atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que
ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos,
causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa
sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro
de uma relação desigual de forças ou poder.
Com o intuito de trazer os jovens para o centro do debate a cerca deste grave problema que fere o principio constitucional do respeito a dignidade humana, a equipe do PDA Serrana reuniu jovens representantes de todos os grupos de MJPOP que atuam dentro da área de atuação do programa. Na oportunidade, foram exibidos alguns vídeos e reportagens evidenciando o problema e apresentando formas de como combater o Bullying tanto no ambiente escolar, onde a incidência de casos é bem maior, quanto em outros espaços que fazem parte do dia a dia da vitima e do agressor.
Entre uma fala e outra, rolou muita emoção quando uma das jovens participantes resolveu abrir seu coração e contar que vem sofrendo bullying por parte de seus colegas de escola que a discriminam pelo seu cabelo crespo. E o pior de tudo isso, se é que uma situação como essa possa piorar, o bullying não partiu dos alunos e sim de um dos funcionários da instituição de ensino. Durante o depoimento a adolescente chegou a se emocionar e acabou sendo homenageada com uma salva de palmas pelos colegas por sua coragem em compartilhar o problema com todo o grupo.
O bullying se divide em duas categorias:
a) bullying direto, que é a forma mais
comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma
mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento
social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças
ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios
de subsistência.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos,
convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as
“próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma
efetiva intervenção contra o bullying,
o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados
negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com
sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de
relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos
extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s)
autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia,
pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre
seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos
agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis,
com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
Quem pratica o bullying fere o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause
dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no
Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço
aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do
estabelecimento de ensino/trabalho.
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A Redação - 11/01/2017