COLUNA
Fernando Lúcio Cavalcante Gomes
Por: Redação
Crédito: Reprodução/Google Imagens
Como podemos definir o
Estado? O pensador alemão Max Weber assim definiu:
Estado é "uma instituição política que, dirigida por um governo soberano,
detém o monopólio da força física, em determinado território, subordinando a
sociedade que nele vive". Buscando na internet, acharemos diversas
definições a respeito, dentre elas, esta se destacou para mim – “Estado é o conjunto das instituições que possuem a autoridade e a potestade
para regular o funcionamento da sociedade dentro de um determinado território.”
Fonte: http://conceito.de/estado
Sendo o Estado uma instituição de
direito público, o que compete a ele nos impor? E nesse caso eu indago: Pode o
Estado nos impor uma ideologia?
Ideologia nada mais é que:
- ciência
proposta pelo filósofo francês Destutt de Tracy 1754-1836, que atribui à origem
das idéias humanas às percepções sensoriais do mundo externo.
- no marxismo, é
totalidade das formas de consciência social, o que abrange o sistema de idéias que legitima o poder
econômico da classe dominante (ideologia burguesa) e o que expressa os
interesses revolucionários da classe dominada (ideologia proletária ou
socialista).
Resumindo de forma mais abrangente, a
ideologia é o estudo de idéias que podem ser sustentadas por uma tese e a
sociedade poderá ou não acatar como uma verdade ou descartar por insuficiência
de argumentos comprobatórios.
Aplicando um resumo sobre o que é
Ideologia de Gênero, sabendo que gênero vem do latim “genus” e significa
origem, então a ideologia de gênero, para os que defendem, significa tirar a
afirmação bíblica que Deus criou o homem e a mulher e impor a tese de que somos
gerados sem definição de sexo e que ao longo da nossa vida, nós nos definiremos
se somos masculinos ou femininos, embora já tenhamos uma forma sexual de
nascença.
Eu particularmente não chamo de
ideologia de gênero, mas de tese, porque ainda passa por estudos e a sociedade
se recusa a aceitar, por entender que não há sustentabilidade nos argumento e
meu pensamento segue o mesmo da sociedade.
Eu diria que a ideologia de gênero
assemelha-se a tese da origem do universo defendida pelos cientistas, de que o
universo se originou de uma grande explosão, por eles chamadas de big bang.
São duas teses que tiram das
passagens bíblicas duas verdades que são relatadas com teores de fatos e
argumentos absolutos e incontestáveis, que Deus criou o universo em 6 dias e
depois criou o homem a sua imagem e semelhança, em seguida criou a mulher e é
nisso que eu acredito. Eu como cristão temente me recuso dar credibilidade para
essas duas teses e sigo crendo no que está escrito na bíblia.
A ideologia de gênero não teria
tamanho destaque, se o Estado não tentasse nos impor de forma autoritária uma
tese como se fosse uma verdade absoluta e entendo que o Estado excede seu
direito ao tentar impor a sociedade uma ideologia, seja ela qual for.
Esse atropelamento ideológico fere a
constituição no que diz respeito a livre expressão, idéias e pensamentos, o que
difere de um fato exato, que se prova cientificamente, seja pela matemática,
pela física ou pela química.
A função do Estado com ente de
direito público é ser responsável pela organização e pelo controle social, jamais por ideias e pensamentos que
seu povo venha a ter, quando isso ocorre, o Estado passa a ser ditatorial e
autoritário, perdendo sua legitimidade.
Não compete ao
Estado determinar qual profissão devo exercer, mas sim definir os meios para
que eu alcance essa profissão; não compete ao Estado definir se terei filhos ou
não, mas compete criar situações para que eu possa cuidar e educar meus filhos,
o Estado pode até limitar minha quantidade de filhos, justificadamente, como
ocorre na China.
Portanto,
ideologia de gênero não é de competência do Estado, e sim uma tese que qualquer
cidadão pode acatar ou não, dependendo apenas do seu entendimento, posto que é
assim que funciona uma sociedade
civil-organizada. O Estado não pode impor a sua população crenças, ela não pode
determinar se devemos crer em Deus ou não, se cultuamos imagens ou não.
Definitivamente,
o Estado não pode interceder sobre a questão sexual da sua população, o que o
Estado pode é determinar através de leis, que sejam punidos judicialmente as
pessoas que praticam atos de intolerância e de falta de respeito às diferenças
e as minorias.
Compete ao
Estado dar proteção a cada cidadão, independente da sua condição social, da sua
raça, da sua crença, da sua opção sexual e das suas ideologias, compete ao
Estado assegurar o direito aos que seguem ideologias diferentes dos demais,
para que possam ter convívio social e uma seguridade previdenciária.
Infelizmente não deviríamos precisar
da intervenção do Estado para podermos respeitar o próximo, entretanto, por
razões ideológicas, alguns se sentem melhores que outros e nesse caso o Estado
tem o dever de impor sua autoridade.
Cabe a nós, pais e mães preparamos
nossos filhos para o convívio em sociedade, respeitando às leis, à família, ao
próximo e a Deus (para os que crêem), desta forma teríamos uma sociedade mais
humana e igualitária e menos hipócrita.
Já dizia o filósofo francês François Marie Arouet (Voltaire): “não concordo com uma só
palavra que dizeis, mas defenderei a ter a morte o teu direito de dizê-la”.
Fernando Lúcio Cavalcante Gomes
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A Redação - 11/01/2017