sábado, 14 de abril de 2012

CANAPI E OUTROS 13 MUNICÍPIOS ESTÃO COM EPIDEMIA DE DENGUE EM ALAGOAS

 Forma mais nova, do tipo 4, já teve duas notificações. Sesau faz recomendações à população

Por: Marcela Oliveira / Primeira Edição

Quatorze municípios alagoanos estão com epidemia de dengue e outros 28 estão em situação de alerta, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

De janeiro até o início da semana passada, foram notificados 4.286 casos da doença, o que representa um aumento de 11,35% em relação ao mesmo período do ano passado.

Só em Maceió foram registrados 1028 casos, ou seja, 24% das notificações feitas em todo o Estado, o que deixa a capital em alerta. Também merecem atenção os municípios de Arapiraca, Dois Riachos, Canapi, Lagoa da Canoa, Jacaré dos Homens, Major Isidoro, Limoeiro de Anadia, Maragogi, Murici, Novo Lino, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Senador Rui Palmeira.

De acordo com a Sesau, nestas localidades foram registrados cerca de 300 casos para cada 100 mil habitantes, colocando-os em situação epidêmica.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, diz que quanto às formas graves - que podem ser a dengue hemorrágica, com complicação ou síndrome de choque (quadro mais grave de todos, que pode levar a morte), a Sesau registrou 133 casos suspeitos, representando um aumento de 82%, comparado ao ano de 2011, com 73 casos.

Até o momento foram notificadas cinco mortes suspeitas de dengue, destas, apenas uma foi confirmado como dengue (ocorrida em Arapiraca), uma foi descartada e as outras três estão sob investigação.
 
Tipo novo

Neste ano, já houve dois casos do tipo 4 da doença, considerado o mais grave, em Palmeira dos Índios e Piaçabuçu. No entanto, não é possível afirmar se eles foram picados pelo mosquito Aedes aegypti em Alagoas, pois o paciente de Palmeira esteve em São Paulo e o outro em Sergipe, ou seja, estavam em deslocamento durante o período de incubação da doença, que é de 3 a 15 dias.

“Esse vírus é novo em vários estados do País. Acreditamos que já deva existir em alguns municípios daqui. O que deixa as autoridades preocupadas é que está todo mundo suscetível a ele. Os tipos 1 e 2, muitas pessoas já adoeceram e estão livres”, explica a coordenadora.

Combate

Com a finalidade de monitorar a presença do vírus no estado, foram adotadas as medidas pertinentes a essa situação como: busca ativa de casos, acompanhamento dos níveis de infestação predial, intensificação do combate ao vetor, além de educação em saúde, comunicação e mobilização social.

“Já estamos trabalhando permanentemente, independente dessa situação. Desde o começo do ano estamos intensificando e monitorando esses municípios utilizando diversas medidas. Não temos como impedir que ocorram os casos, mas podemos diminuir os números de epidemias e evitar que pessoas desenvolvam formas mais graves e morram”, disse ela acrescentando que a secretaria tem dado suporte necessário e trabalhado na capacitação dos médicos.

“Estamos dando suporte com cooperação técnica, envio de insumos, uniformes e proteção para os agentes entrarem nos domicílios; treinando médicos para que a doença seja tratada e montando esquema laboratorial em 20 municípios, com máquinas que realizam exames”.

Clique na imagem para ampliar 
Classificação dos municípios por área...

Cleide Moreira recomenda que a população adote medidas diárias de fiscalização de suas próprias casas com cuidados que evitarão criadores do mosquito Aedes aegypti, o qual se reproduz em recipientes com água limpa, como por exemplo: vedar tampas de caixas d’água, tanques, tinas, poços e fossas; não deixar detritos em volta das residências para não acumular água da chuva; encher bordas de vasos com areia e guardar garrafas de cabeça para baixo.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica alerta que, ao sentir os sintomas, deve-se procurar uma unidade básica de saúde nas primeiras 24 horas. “Se estiver com febre, dor no corpo, dor de cabeça ou nos ossos, a gente recomenda que procure as unidades de saúde e que seja acompanhado diariamente pelo médico. Adoeceu, não fique em casa”.

Um comentário:

  1. Aqui em São Paulo, também está aparecendo casos de epidemia do mosquito, e a recomendação é a mesma que a coordenadora da Sesau disse, de imediato procurar um posto de saúde, quando esses sintomas aparecerem para ser medicado. As medidas que o cidadão(ã) deve tomar é, evitar água acumulada, garrafas abertas e com agua, tampas de caixas D'água fechadas etc... o esclarecimento da coodenadora Cleide Moreira foi preciso, afinal de contas, qualquer pessoa poderá ser picado pelo mosquito, portanto o que temos que fazer, é A NOSSA PARTE, limpando a área e também contando com a ajuda do vizinho, espero que não venha se alastrar mais ainda essa epidemia aí na região e nos outros municípios.

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A Redação - 11/01/2017

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