quarta-feira, 11 de abril de 2012

AVALIAÇÃO: O CÂNCER DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES.


Por: Luiz Vieira
Diretor da Escola Municipal Ananete Cavalcante Gomes / Furquilha-Canapi-AL

Hoje, um dos maiores problemas no ensino aprendizagem é a forma de como o educando está sendo avaliado, a causa efeito, é o número de alunos que são reprovados no final de cada ano, com isso, é perceptivo os conflitos em sala de aula entre educandos e educadores.

As escolas muitas vezes não conseguem organizar-se no ato da matrícula, quanto as turmas em idade e distorção por série, a partir daí, surgem problemas devido aos altos índices de reprovações, é lamentável ver alunos de vinte, trinta anos ou mais, estudando com outros de dez, onze e doze anos juntos na mesma sala, e o pior é que, a cada ano este número aumenta e as salas de aulas se tornam um palco de disputas entre estes níveis de alunos.

Vejo, que a educação pública precisa de uma ação imediata, o poder público fecha os olhos e encara como se nada estivesse acontecendo, o reflexo disto, é salas com trinta, quarenta e até cinquenta alunos, professores tendo que trabalhar em duas ou mais escolas para ter um padrão de vida instável na sociedade, então, como este profissional irá avaliar diversos alunos, se muitas vezes não o conhece em sala, e muitas vezes o educador despreparado por não ter tempo de buscar outros meios, por não ter interesse, mutila e leva o aluno a guilhotina e o resultado é a cada ano o índice de reprovação crescendo e o nível de aprendizagem destes educandos praticamente não existe.

Os grandes estudiosos defendem uma avaliação inclusiva, contínua que traga para o aluno a certeza que está sendo avaliado de maneira correta, mas, muitas vezes a falta de flexibilidade de alguns educadores que tem a avaliação como uma ferramenta principal para punir o aluno, ainda para estes a felicidade é quando cometem estes absurdos, será que estes não percebem que o que está sendo também reprovado é o seu trabalho? Portanto, nestes casos existe a necessidade de intervenção por parte da escola, no intuito, de fazer com que estes educadores reflitam em sua prática, os educandos não tem culpa da falta de investimento do poder público e muito menos da falta de preparo deste educadores, para mim, estes "educadores" são verdadeiros bloqueadores de conhecimentos.

Para Cipriano Luckesi, a função da avaliação é garantir o sucesso em qualquer lugar, na empresa, na experiência religiosa, na política, na escola, no nosso cotidiano e na família, a avaliação é a parceira de quem produz algum resultado, para ele, ela produz um indicativo e a solução decorre da gestão, do investimento que é proposto para alcançar a produção desejada. Ou seja, a avaliação não pode ser só da aprendizagem do aluno, mas também do sistema e neste sistema está a sala de aula de tal maneira que possamos olhar e perguntar quem fracassa?

Quem sabe um dia, teremos salas de vinte alunos, professores bem remunerados trabalhando em uma só instituição, mas, até lá, vamos ver muitos alunos reprovados, desestimulados, com seus pensamentos mutilados, causando conflitos e as escolas tendo que excluir os mesmos mandando-os para fora, e esses "alunos" estarão esperando o próprio educador para acerto de contas, que sociedade as escolas estão formando? No entanto, é preciso que o profissional desta área reflita sobre sua prática e ao mesmo tempo torça para que o poder público veja a educação como prioridade para o desenvolvimento de um país.

Veja AQUI o maravilhoso trabalho desenvolvido pela Ananete.

4 comentários:

  1. Professores que querem ensinar para mudar não podem se ater ao modelo tradicional de mestre (sabe tudo) e discipulo (que veio a escola para aprender com o mestre), esquece que o conhecimento é puramnete intelectual, uma atividade do conscinte. Mas nossos garotos quando vão a escola já sabem como fazer, como agir, como desenvolver técnicas, novos habtos e costumes. Então se o desenvolvimento das aulas vier apartir do conhecimento oculto (guardado com as crianças) as aulas ficaram bem mais prazerosas e o principal cheia de vida.

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  2. Abolir a mesmice e inovar a maneira de ensinar aos alunos é um grande desafio para as instituições de ensino abandonadas pelo poder público, que fazen milagres para se manter com o caixa escolar, mas a escola ananete comandada pelo seu brilhantismo tem conquistado excelentes resultados na formação de cidadãos conscientes em meio a milhares de alienados, socialmente, religiosamente e politicamente.

    Parabéns Luiz, belissimo texto.

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  3. Compreender o como avaliar, consiste em uma busca incansável por parte do educador, não devemos esperar que uma mágica aconteça, nem tão pouco usá-la como arma para ameaçar o aluno. Muitas vezes nós educadores queremos cobrar do nosso educando aquilo que nós mesmos não podemos dar, está confirmado que reprovar não é a solução do problema da não aprendizagem, do desinteresse... Reprovar consiste apenas em tornar cada vez mais crônico os problemas existentes nas instituições, como índices alarmantes de evasão, repetência, indisciplina... Desfavorecendo o trabalho do docente, somos conscientes disso basta colocar na prática diária de ensino estratégias que favoreçam a aprendizagem, fugindo da mesmice por exemplo, como disse o meu colega no comentário acima o nosso aluno já traz um conhecimento, basta complementarmos e o resto a sociedade se encarrega de cobrá-los...

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  4. Lendo cuidadosamente o texto percebe-se claramente que o grande vilão da história da educação é o professor, calma, explico, "desmotivado pela sala cheia, salário baixo, problema familiar, etc.", a maior vítima torna-se sendo o EDUCANDO, este nada tem com esses "problemas" mas é quem sofre as consequencias e não adianta o salário melhorar, as condições melhorarem, sempre existirão professores insatisfeitos, descarregando o seu mau-humor naquele que paga o seu salário e em se tratando de avaliação, deve existir, da melhor forma possível, como forma de classificação, bônus ou coisa do gênero, para em respeito ao princípio competitivo.
    PROFESSOR, CONTRIBUA COM A SABEDORIA, SALÁRIO É BOM, MAS NÃO É TUDO.

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A Redação - 11/01/2017

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