Qualquer trabalho
na educação escolar é sinônimo de desafio. Entretanto, o desafio parece
aumentar quando tratamos da EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Antes de entrar em
qualquer discussão acerca dessa modalidade de ensino, é necessário ter o
entendimento do conteúdo humano, da boniteza que envolve uma concepção
educacional que leva o conhecimento àquelas pessoas que por motivos diversos
não tiveram acesso à escola ou não concluíram seu ciclo básico de estudos. Para
alguns é a primeira chance, para outros uma segunda, uma terceira, não importa,
o que vale de fato, é oferecer a oportunidade para quem busca estudar.
Voltando a questão
do “desafio”, qualquer professor que trabalha ou trabalhou com a EJA, sabe o
quanto é difícil manter a assiduidade dos seus alunos. Os expressivos índices
de evasão do público desta modalidade, a nível de país, dão esse
testemunho. Um olhar mais desatento pode simplesmente ver esse problema
como falta de interesse dos alunos, não obstante, uma análise mais cuidadosa
logo percebe que o aluno da EJA apresenta algumas características e/ou
motivações bem distintas, daquelas que mantém o aluno do ensino “normal” em
sala de aula. São perspectivas quase sempre bem diferentes.
O professor da EJA
precisa entender o que motiva o seu aluno a vir para a sala de aula estudar.
Feito isso, necessita buscar meios e modos que potencializem e ampliem essa
motivação. Sem esse diagnóstico seguido da efetividade das ações concretas,
possivelmente sua turma estará fadada ao fracasso.
Recentemente, em reunião
com coordenadores e professores da EJA, tivemos a feliz oportunidade de ouvir
professores relatando o quanto tem sido gratificante trabalhar em turmas onde
os alunos além de não perder suas aulas, temem uma possível descontinuidade dos
seus estudos.
O professor que se propõe a trabalhar com a Educação de Jovens e Adultos, precisa, antes de tudo e sobretudo, desenvolver a sensibilidade capaz de engendrar um ambiente de confiança, amizade, respeito, cumplicidade, aspirações coletivas e persistência. Não raro vemos hoje em nosso município indícios de que muitos profissionais da educação envolvidos com a EJA, de forma honesta e espontânea entendem muito bem essa questão. O melhor de tudo, estão colocando em prática essa proposta pedagógica dinâmica e acolhedora.
Professor Wecy de Santa Cruz e seus alunos
Alunos colocando a mão na massa literalmente
secretário Luiz Vieira e coordenadores
pedagógicos em reunião com professores da EJA
pedagógicos em reunião com professores da EJA
Salas de aula da EJA em nosso município
A Escola Ananete Cavalcante Gomes dando um simbólico presente
ao aluno com maior percentual de presença às aulas
ao aluno com maior percentual de presença às aulas
Fazemos coro as
palavras do compositor cearense Costa Cena:
“Escola é
pra ser criança
Escola é
pra adolescer
Escola é
pra renovar a esperança
Do adulto
que ainda quer ler
E
escrever o mundo “.
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A Redação - 11/01/2017