Líderes do movimento acusam 06
dos 09 vereadores de serem os principais responsáveis, depois do prefeito
afastado, pelo caos administrativo em que o município se encontra ao tempo em
que ignoram as irregularidades pela qual os vereadores cassaram o mandato do
vice-prefeito por considerarem uma questão exclusivamente política com o
objetivo de impedir o mesmo governar.
Por: Marcio Martins
Créditos: Divulgação/Facebook
Nesta terça-feira (11) o prefeito
Celso Luiz afastado pela Justiça da Comarca de Mata Grande por 180 dias sofreu
uma nova derrota na tentativa de voltar ao comando da Prefeitura Municipal.
Desta vez a decisão de manter o prefeito afastado foi da desembargadora
Elisabeth Carvalho que em outra oportunidade já havia proferido decisão
semelhante contra o gestor em outro processo pelo qual também havia sido
afastado.
Com esta nova decisão, permanece
no cargo o vice-prefeito Genaldo Soares Vieira, que se encontra no comando do
município a mais de uma semana, mesmo assim, os alunos continuam sem aula e o
comércio e os servidores contratados sem receber, pois o prefeito interino
alega que não tem condições de colocar o município em ordem enquanto continuar
sofrendo o que ele classificou de “perseguição” por parte de 6 dos 9 vereadores
do município aliados do prefeito afastado, já os vereadores dizem que estão
apenas cumprindo seu papel constitucional de fiscalizar os atos do chefe do
executivo municipal, e que só por esse motivo, por duas vezes cassaram seu
mandato baseados em supostas fraudes em licitações e outros atos de improbidade
administrativa, porém, Vieira acabou recorrendo a justiça, que o recolocou no
comando do município. Pesa ainda sobre os “ombros” prefeito interino acusações
de que o mesmo estaria pagando aos servidores contratados de acordo com sua
opção de voto nas eleições do ultimo dia 02, ou seja, estaria pagando apenas a
quem votou em seu enteado para vereador ou no candidato a prefeito eleito, no
entanto, a ausência de provas de tal irregularidade não sustenta a tese das
acusações levantadas contra o gestor.
O fato é que pessoas ligadas a
Vieira e ao pai do prefeito eleito, os quais acusam o grupo dos 06 vereadores
ligados ao prefeito afastado Celso Luiz de serem os responsáveis diretos pelo
caos administrativo instalado no município, uma vez que a mando do mesmo estariam
impedindo o vice-prefeito de assumir o cargo que é seu por direito com seguidas
ações “descabidas” de cassação de mandato, e que por conseqüência disso, o
mesmo não teve e não teria condições de colocar a “casa em ordem”. Por esse
motivo, também nesta terça-feira (11) dia de Sessão Ordinária da Câmara
Municipal de Vereadores, esse mesmo grupo insatisfeito com as decisões da
maioria do legislativo municipal uniu-se a alguns funcionários contratados pelo
prefeito interino e a alguns pais revoltados com a paralisação de todas as
escolas da rede municipal de ensino para protestar em frente à Câmara Municipal
de Vereadores.
O protesto reuniu cerca de 80
pessoas que se manifestaram de forma pacifica, mas, os vereadores não
compareceram a sessão, e se quer, as portas da “Casa do povo” foram abertas ao
púbico, fato que causou revolta e indignação dos manifestantes, porém, isso não
descaracterizou a passividade do protesto e não impediu que os manifestantes
deixassem seu recado, iniciando com a leitura de uma nota de repúdio aos
vereadores e finalizando com a colagem de diferentes perguntas e
questionamentos aos vereadores na porta e nas paredes do prédio da Câmara
Municipal.
Apesar da relevância do movimento
dado o caos administrativo em que se encontra o município, vale destacar, que
apesar da “revolta” popular, dos 07 vereadores que foram para reeleição já que 02
haviam desistido da disputa bem antes de “estouro” de todo o escândalo político
envolvendo o prefeito Celso Luiz, 06 foram reeleitos com expressivas votações,
apenas o presidente da Câmara, vereador Luciano Malta não conseguiu se
reeleger, haja visto que sua candidatura havia sido indeferida pela justiça
eleitoral em 1ª instância e mantida pelo pleno do TRE/AL em 2ª instância. Também
merece destaque o fato que apesar da inércia da Câmara Municipal de Vereadores demonstrada
pelo menos nos últimos 20 anos, nenhum movimento popular foi a uma única sessão
protestar contra o aumento do número de cadeiras do parlamento municipal de 09
para 11 e muito menos para pedir a cassação do prefeito Celso Luiz dado o seu
afastamento do comando da Prefeitura Municipal acusado de um “suposto” esquema de
corrupção que teria desviado 10 milhões de reais dos cofres do município recebidos
de precatórios da educação.
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A Redação - 11/01/2017