segunda-feira, 17 de outubro de 2016

COLUNA Justiça & Cidadania - Eleições municipais, novos rumos. Viva a democracia!


O que acarreta um forte componente local na política são as eleições municipais. Entretanto, dado o momento de convulsão social e política que o país atravessa, representarão também uma mensagem para conhecer por onde caminha a sociedade neste momento e qual é o peso da luta contra a corrupção na política.

As eleições municipais desta vez foi também, de certa forma, uma prévia da presidencial de 2018, revelando-nos qual Brasil sai do áspero debate político levado a cabo desde a última eleição e depois da volta da esquerda à oposição. Será que algo mudou, ou o Brasil continuará sendo o mesmo?

O resultado das eleições municipais encerra um ciclo da política nacional em que o PT foi protagonista. Na capital paulista, este ciclo se iniciou em 1988, com Luiza Erundina; no Brasil, em 1989, com a disputa entre Collor e Lula. De lá até este início de outubro — para o bem e para o mal, despertando paixões a favor e contra — o PT se manteve no centro da cena política. Esse protagonismo acabou.

Responsabilizado – e responsável — pela brutal crise econômica dos últimos anos, autor de inúmeros erros na condução administrativa e implicado até a medula com a Operação Lava Jato – embora não seja o único –, o PT se dilacera vendo o patrimônio político descer acelerado a ladeira da desgraça.

Ninguém saberá dizer qual será seu futuro — nem mesmo os petistas, atordoados e destituídos de largos espaços institucionais; a máquina e até mesmo as bases diminuíram drasticamente. Uma volta às origens é improvável – o discurso moral já não lhe é permitido; além disso, o país mudou e os movimentos sociais não são os mesmos.

A vida será dura e a porta dos fundos será a saída mais rápida para muitos quadros. Restará torcer pelo caos econômico e a inviabilidade do governo Temer? O partido se esfarelou.

Sabendo disto, no final de semana da última eleição municipal em 02 de outubro, Lula já começava a reclamar do desemprego, cobrando Temer. Política é assim: volátil, irônica, oportunista. Com os futuros prefeitos não será diferente. Pressionados, eles passarão a bola dos conflitos ao governo federal.

Mas, a política é dinâmica e no Brasil, dizia Pedro Malan, “até o passado é imprevisível”; há descargas elétricas às mancheias, a força supersônica da Lava Jato e a questionável qualidade das tripulações. Em virtude disto, nada pode ser descartado. O dado concreto, porém, é que espaço aéreo está congestionado e é pouco provável que não haja algum tipo de colisão no horizonte de céu turbulento.

Até 2018 com as eleições a nível nacional, lá veremos os rumos reais da politica brasileira, bem como a analise real dos eleitores, afinal vivemos em um regime democrático. VIVA A DEMOCRACIA!

Bel. Antônio Fabrício Félix Netto
Oficial de Justiça do TJ/AL
Pós-Graduado em Gestão e Politicas Públicas Municipais

FONTES: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/30/opinion/1475266521_909368.html
http://jota.uol.com.br/sobre-principes-e-leviatas-resultados-e-implicacoes-das-urnas-de-2016

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3 comentários:

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A Redação - 11/01/2017

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