A educação é um processo natural,
que se dá com a pessoa natural. Já nascemos aprendendo e sabendo uma infinidade
de coisas importantes. A aprendizagem é um fenômeno natural. A educação deve
preparar a pessoa para promover a harmonia, a compreensão, a tolerância e a paz
na sociedade. A educação não é um produto que se encontra nas prateleiras dos
supermercados, mas é a transmissão de culturas e conhecimentos que recebemos e
retransmitimos todos os dias.
Educar não é mérito de um único
professor ou de uma única escola, mas é o objetivo de todo docente e de toda
comunidade escolar. Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou
na escola, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela. Para aprender, para
ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer ou para conviver,
todos os dias misturamos a vida com a educação.
A Constituição Brasileira de 1988
estabelece que "educação" é "um direito para todos, um dever do Estado
e da família".Todo brasileiro deve estar voltado para a Educação. Este é o
princípiodo Papel da Educação. Mas isto é muito relativo.
Os modelos de ensino no Brasil
padecem de uma enorme centralização que debilitam as unidades prestadoras do
serviço educacional, isto é, as escolas. Mais grave ainda é o fato de que o
aparato burocrático educacional não presta contas, senão para si mesmo, dos
resultados produzidos, resultados esses que muitas das vezes são fictícios.
O inchamento, a criação de
segmentos e de instâncias burocráticas centrais e intermediárias consomem
recursos que deveriam estar sendo destinados à melhoria da qualidade das
escolas.A Falta de acompanhamento conrelação a expansão institucionais e de uma
reorganização que deveria ter, como foco principal de atenção, a organização
escolar e as condições mínimas para seu funcionamento fez com que à medida que
aumentou o número de escolas, aumentar-se e se diversificassem os controles
centrais do sistema de funcionamento de milhares de unidades ensino dificultando
um ensino de qualidade devido a falta de investimento nesse setor.
Surge então, o seguinte dilema: a
sociedade não tem uma educação pública de qualidade porque esta não é
prioridade do poder público. Por outro lado, o poder público não a prioriza
porque isso não constitui uma demanda da sociedade e, portanto, não desperta o
interesse político. Nesse sentido, é,considerável que a educação está em
segundo ou terceiro plano para a sociedade brasileira. É preciso que o Estado
evidencie a importância da educação de qualidade como estratégia de combate às
problemáticas sociais. Quando isso se tornará realidade? Assim, a histórica
falta de prioridade com o ensino público brasileiro e a sua ausência nos planos
e propostas dos governantes reflete consequentemente em prejuízos na concepção
e “implementação” de políticas públicas eficientes que tragam verdadeiros
resultados substanciais à melhoria da qualidade da escola pública de ensino em
nosso país.
Vale ressaltar, que vivenciamos
um avanço desenfreado na tecnologia, a “sociedade” não tem preparo para
administrar determinadas mudanças, é preciso preparar todos para conviver e
incorporar os avanços tecnológicos, integrar a sociedade e diminuir a exclusão
de amplos setores do mercado de trabalho e de consumo, é para a escola mais um
desafio e que a mesma tem que voltar os olhos para essa questão, ainda,
analisar a que distância o ensino, nela oferecido, se encontra dessas
inovações. Portanto, é necessário criar métodos estratégicos e indispensáveis
para dimensionar o esforço no intuito de reverter o quadro e colocá-lo em
compasso com o novo padrão de desenvolvimento, assim, a escola não pode e não
deve continuar da mesma maneira, usando métodos tradicionais e alheios as novas
mudanças.
Por fim, todos esses aspectos
evidenciam a atual crise da educação pública básica, uma síntese do despreparo
administrativo e do desrespeito histórico do poder público, em especial com a
escola pública, o que afeta diretamente o desenvolvimento político, cidadão,
ético e intelectual de grande parte da população brasileira, dependente dessa
instituição e que por sua vez depende diretamente da qualidade do trabalho do
professor. É notório que para compreender a situação da escola pública, é
importante dar voz aos professores, conforme constatado nos seus depoimentos.
Fica evidente também que não há, efetivamente, na estrutura burocrática do
setor educacional, o envolvimento desses gestores governamentais na construção
de políticas públicas educacionais, que são geralmente calcadas no histórico
autoritarismo do poder público.
Desta forma, o professor não
participa das tomadas de decisão, atuando na prática, como um mero executor.
Essa postura imperativa dos gestores públicos não permite nem mesmo a
sensibilização desses profissionais diante das propostas apresentadas e, por
isso, estas são parcialmente alcançadas ou fracassam na sua totalidade. Cabe ao
poder público estabelecer um diálogo verdadeiro com o professor, buscando
soluções a partir do amplo entendimento sobre a escola pública. Desta forma,
seria possível a promoção de políticas públicas educacionais que fossem
cúmplices da produção de um conhecimento libertador, reflexivo, crítico,
político e transformador, o que somente se conseguirá a partir da melhor
qualidade da prática de ensino-aprendizagem, em todos os níveis do sistema
público de ensino básico. Cabe a sociedade saber fazer suas escolhas,engajar-se
e assumir sua responsabilidade exigindo
o seu espaço de participação na educação pública, pois sabe-se que essa é a
principal forma de controle das atividades pedagógicas e da aplicação de
recursos educacionais dentro de cada necessidade e realidade. Resta-nos esperar
quando isso acontecerá?
REFERENCIAS
FLELei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm Acesso em: 21 de Setembro
de 2009.
Paro VH. Políticas educacionais: considerações sobre o
discurso genérico e a abstração da realidade. In: Paro VH. Escritos sobre
educação. São Paulo: Xamã; 2001. p. 121-39.
URY, Maria Tereza L. e MATTOS, Maria Isabel L. Sistemas
educacionais comparados.
Luiz Vieira da Silva
Professor/Pedagogo/Psicopedagogo
Crédito: Reprodução/Google Imagens
È professor, quantos igual a vc canapi tem? suas ideias me faz pensar em ver em canapi uma verdadeira terra de todos, por que agra é só de um esse prefeito corrupto que parte do povo votou, será que esse povo ainda vai votar nele? o municipio está acabado... parabens por mais um artigo, parabens ao marcio por ter esse meio de comunicação e unico e dar espaço pra pessoasigual a vc, seu artigos realmente são reflexivo, e esperar a sociedade mudar é dificil... mas nunca será tarde para mudança.
ResponderExcluirEm um país onde corruptos é quem manda, em que lugar deste a educação vai ser prioridade, nunca!!!!!
ResponderExcluirMAIS UM VEZ PROFESSOR O SR. ESTÁ COBERTO DE RAZÕES, INTELIGENTE E DIDÁRICO O SEU DISCURSO, AGORO EU QUE EU NÃO AGUENTO, NÃO É O SEU CASO PROF. LUIZ, É PROFESSOR FICAR NA MOITA, SÓ LASCANDO O PAU E ESPERANDO O PISO SALAFRIAL, AÇÃO QUE É BOM NADA. COMO JÁ NÃO O CONHECEU, ADMIRO SUAS COLOCAÇÕES.PARABÉNS.
ResponderExcluir