Por: Marcio Martins
Crédito: Reprodução/Google Imagens
Defender a não redução da maioridade penal é lutar para que nossos jovens não sejam recrutados cada vez mais cedo para o mundo do crime, pois se olharmos pela ótica dos que são a favor ao afirmarem que os traficantes recrutam os jovens de 16 e 17 anos porque sobre eles reina a impunidade e a proteção do estado, a partir da redução seriam os de 14 e 15 que agora seriam alvo do exército do tráfico.
Daí qual seria a nova e fantástica solução para reduzir a violência nesta faixa etária?
Reduzir mais uma vez a maioridade penal?
Sendo assim, daríamos inicio a redução da maioridade como uma espécie de contrato renovável a cada ano, a medida que a violência fosse aumentando.
"Desta forma, em poucos anos até as crianças de 1 ano seriam presas por pegar um confeito do coleguinha sem permissão"
Ironias a parte, que tipo de sociedade é essa que trata as questões sociais de forma individualizada?
Que tipo de sociedade é essa que tenta jogar uns contra os outros por divergências de opiniões?
Que tipo de sociedade é essa, que sem estudar o assunto, afirma com a maior naturalidade possível que quem é contra a redução da maioridade penal é a favor da impunidade?
Que tipo de sociedade é essa que ao invés de reivindicar a efetivação do que reza a lei sobre prioridade absoluta na formulação de políticas públicas para infância e adolescência, medida que poderia livrar os adolescentes do "mundo encantado" do crime e até resgatar os que lá estão, preferem se omitir e fazer da vítima culpada da sua ignorância e covardia?
Pois bem, reduzir a maioridade penal é dar ao adolescente uma espécie de liberdade adversa a formação do seu carater.
É garantir que tenham acesso ao consumo do álcool e do cigarro cada vez mais cedo, já que a lei não mais proibiria os menores de 16 e 17 anos de comprar e consumir.
É garantir o aumento do número de motoristas inexperientes e imaturos morrendo e matando nas estradas violentas deste país, e sobre tudo, é garantir que o adolescente independente da infração que cometera seja encarcerado no "inferno" que são os ditos centros de ressocialização destes país, que mesmo custando aos cofres públicos nada mais, nada menos, que 4 mil reais/mês por internos não ressocializa ninguém, pelo contrário, os profissionaliza nas formas mais perversas de violência.
É por isso que eu digo! “Enquanto a sociedade preferir punir ao invés de prevenir, achando ser este o remédio de todos os males, seremos eternos escravos da violência e do abandono social”
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A Redação - 11/01/2017