Ação
faz parte de uma Campanha Nacional de
Tratamento em Estudantes da Rede Pública e deve acontecer de 18 a 22 de Março.
Por: Redação com Agência
Alagoas
Parecidas com esquistossomose, as
geohelmintíases são doenças causadas por parasitas que contaminam solo, água e
alimentos, o que as tornam de fácil transmissão. Tendo em vista a redução de
casos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), realiza, de 18 a 22 de março,
em Canapi e outros 48 municípios prioritários, a Campanha Nacional de Tratamento em
Estudantes da Rede Pública.
E, para orientar e esclarecer dúvidas dos
secretários municipais de Saúde e Educação, a Gerência de Agravos Transmitidos
por Vetores, Zoonoses e Fatores Ambientais da Sesau realiza, a partir da
próxima segunda-feira (25), uma série de reuniões com técnicos das cidades envolvidas.
Também devem participar coordenadores e técnicos das Vigilâncias
Epidemiológicas.
Os primeiros a receberem
os encaminhamentos serão Piaçabuçú, Feliz Deserto, Coruripe, Marechal Deodoro,
Paripueira, Barra de Santo Antônio, Rio Largo, Atalaia, Viçosa, Pindoba, Tanque
d’Arca, Messias, São Luis do Quitunde, Cajueiro, Capela e Chã Preta. O evento acontece na
capital, das 8h30 às 12h, no Centro de Referência à Saúde do Trabalhador
(Cerest).
Na terça-feira (26), o encontro acontece no
Centro de Referência Integrado de Arapiraca (Cria), para os municípios de Canapi, Inhapi, Olho d’Água do Casado,
Senador Rui Palmeira, Poço das Trincheiras, São José da Tapera, Dois Riachos,
Olivença, Traipú, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Feira Grande, Campo
Grande, Olho d’Água Grande, Igreja Nova, São Sebastião, Estrela de Alagoas,
Taquarana, Porto Real do Colégio e Quebrangulo.
Na quarta-feira (27), quem recebe os
esclarecimentos são os secretários e técnicos de União dos Palmares,
Branquinha, Santana do Mundaú, São José da Laje, Ibateguara, Colonia
Leopoldina, Novo Lino, Campestre, Jundiá, Jacuípe, Joaquim Gomes, Flexeiras e
Murici. A atividade será realizada das 8h30 às 12h, no auditório da Prefeitura
de União dos Palmares.
As reuniões irão tratar de tópicos como as
propostas e o planejamento para a execução da campanha; a operacionalização dos
trabalhos de campo com diretores e professores de escolas e a organização da
logística para o trabalho nas unidades escolares. Também serão discutidos o
envolvimento dos pais e responsáveis e a mobilização social para a ação.
Campanha
A Campanha foi criada pelo Ministério da
Saúde e faz parte do Plano Integrado de Ações Estratégicas de Eliminação da
Hanseníase, Filariose, Esquistossomose, e Oncocercose como Problema de Saúde
Pública, Tracoma como Causa de Cegueira e Controle das Geohelmintíases, com
ações previstas no período entre os anos de 2011 e 2015.
A iniciativa tem como público alvo crianças e
adolescentes entre cinco e 14 anos de 49 cidades prioritárias, tendo com
finalidade fortalecer a prevenção e o controle da enfermidade. A seleção foi
feita de acordo com critérios de prevalência acima ou igual a 10% da doença ou
pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) menor ou igual a 0,554.
A gerente de Agravos Transmitidos por
Zoonoses, Vetores e Fatores Ambientais da Sesau, Marina Accioly, destaca a
importância do tratamento coletivo. “A medida auxilia muito no combate às
geohelmintíases. A interrupção da transmissão, porém, depende de eixos como
saneamento básico e a melhoria da higiene e das condições de vida das pessoas“,
diz.
Ela acrescenta que, na campanha, os
estudantes receberão o medicamento Albendazol 400 mg, em dose única, que é
eficaz, não tóxico e de baixo custo. A prevenção em escolares é uma das
recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza o tratamento
periódico como uma medida efetiva para redução da carga parasitária na
população.
Segundo Marina Accioly, os jovens foram
escolhidos por serem um dos principais grupos de risco. “As crianças constituem
um importante grupo de risco, uma vez que estão em fase de desenvolvimento
físico e cognitivo. O impacto negativo da infecção produz, além da redução no
desenvolvimento físico e mental, uma diversidade de quadros que incluem
diarreia, dores, perda de peso e até complicações de processos obstrutivos”,
explica.
As geohelmintíases constituem um grupo de
doenças parasitárias intestinais que acometem o homem. De 2008 a 2012, os
serviços de saúde dos municípios endêmicos para esquistossomose e
geohelmintíases realizaram 874.183 exames em uma rotina de busca ativa, com
aproximadamente 34% de resultados positivos para as doenças.
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A Redação - 11/01/2017