Polícia ouviu quatro pessoas, mas não confirmou maus tratos e aguarda laudo do IML para concluir caso.
Por: Jota Silva / Minuto Sertão
A oitiva sobre a morte da recém-nascida Maria Beatriz da Silva começou
nesta quinta-feira (12) no 30º Distrito Policial de Canapi. Lá, foram
ouvidos os pais, um “rezador” e o médico que atendeu a bebê no posto de
saúde da cidade.
Em depoimento, os pais que são suspeitos de espancarem a própria filha,
negaram os maus tratos à menina e informaram que ela teve os cuidados
necessários, inclusive sendo submetida às vacinações corretamente. O
casal também desmentiu a informação de que costumam ingerir bebidas
alcoólicas e descuidar dos outros cinco filhos.
Já o “rezador” contou na delegacia que os pais levaram a menina para
que ele rezasse nela, mas não percebeu nenhuma mancha no corpo da
recém-nascida, apenas notou que ela estava muito abatida. Por isso, após
a reza, recomendou que eles procurassem um médico.
O médico confirmou a presença das manchas na menina de apenas 15 dias
de nascida, mas não notou nenhum ferimento que pudesse ter sido
provocado por agressão. O profissional explica que pediu a transferência
da menina para o hospital regional de Santana do Ipanema por entender
que o caso dela era grave. O clínico geral ainda afirmou que tais
máculas cianóticas também podem aparecer em casos de problemas de
coração ou pulmão. “Não sou médico legista, mas devido minha
experiência, posso afirmar que as manchas podem ser provenientes de
problemas cardíacos ou respiratórios em fase terminal.” Disse.
Conforme o chefe de cartório Círio Mendes Neto, diante dos depoimentos,
a polícia ainda não pode afirmar se houve ou não espancamento contra a
recém-nascida. Segundo Mendes, o rumo das investigações segue para mais
um caso de morte natural, porém aguarda o laudo do Instituto Médico
Legal (IML) que deve apontar a causa da morte. O exame deve ser
apresentado nos próximos dias até o fim do prazo para o inquérito.
Ainda esta semana vizinhos da casa onde morava a bebê serão ouvidos na
delegacia. A investigação começou depois que policiais civis
desconfiaram dos hematomas presentes no neném que morreu na última
segunda-feira (9) [entenda o caso].
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A Redação - 11/01/2017