Implantação de políticas públicas voltadas
para gestantes e crianças, conseguiu reduzir a mortalidade infantil em 36,12%
em todo o estado.
Por: Redação
Fonte: Assessoria/Sesau - Crédito: Divulgação
Com a implantação de políticas públicas voltadas para gestantes
e crianças, Alagoas conseguiu reduzir a mortalidade infantil em 36,12% ao longo
dos últimos seis anos. De último colocado no ranking nacional em 2000 – o que
representava a maior quantidade de óbitos do País –, o Estado pulou para a 17ª
posição em 2008, e os avanços vêm se mantendo.
Um deles foi à queda do índice de mortes até 2012, passando de
1.240 casos (21,57 para cada mil nascidos vivos) em 2007 para 794 (15,19) no
ano passado. Entre os melhores resultados, estão os dos 26 municípios
considerados de importância epidemiológica para redução da mortalidade materna
e infantil, sendo 14 prioritários e 12 selecionados com esse propósito.
Nas cidades prioritárias – Arapiraca, Atalaia, Coruripe, Delmiro
Gouveia, Joaquim Gomes, Maceió, Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Penedo,
Rio Largo, Santana do Ipanema, São Luiz do Quitunde, Teotônio Vilela e União
dos Palmares –, a taxa passou de 19,47 para 14,11 entre 2007 e 2012.
Já nas 12 selecionadas os índices de óbitos infantis passaram de
24,62 em 2007 para 16,66 no último ano. São municípios selecionados Anadia,
Campo Alegre, Canapi, Girau do
Ponciano, Inhapi, Maragogi, Matriz de Camaragibe, Murici, Pilar, São José da
Laje, São José da Tapera e São Miguel dos Campos.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto,
uma série de ações tem ajudado o Estado na diminuição das estatísticas. “O
Governo Federal priorizou e Alagoas aderiu à proposta, assumindo a
responsabilidade quando ainda éramos os últimos. Entre os investimentos, está a
capacitação de profissionais da atenção básica e das áreas pré-hospitalar e
hospitalar”, diz.
Além disso, também foram empregados recursos em transporte
sanitário, na criação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
Neonatal – no qual Alagoas foi pioneiro no País – e na estruturação tanto de
maternidades, por meio do ProMater, quanto do Programa de Saúde da Família
(PSF) nos municípios, com o ProSaúde.
“As políticas continuam com a qualificação dos sistemas de
informação, a entrega mensal de cestas nutricionais para gestantes com risco de
desnutrição e a realização dos fóruns Viva Vida, que passaram pelas regiões
mobilizando prefeitos, gestores de Saúde, médicos, enfermeiros e agentes de
todos os municípios”, acrescenta a superintendente.
Ela lembra, no entanto, que, apesar da redução, o assunto
continua sendo uma preocupação do Governo do Estado. “Precisamos continuar
mobilizados para diminuir ainda mais os índices, e o mesmo vale para as
administrações municipais. Por isso, a partir deste mês de agosto, vamos
promover novos fóruns regionais”, expõe Sandra Canuto.
Durante os eventos, serão realizadas oficinas específicas sobre
medidas de assistência médica e prevenção de óbitos. As regionais também serão
reunidas para debater assuntos como qualificação do pré-natal, tratamento de
HIV e sífilis, imunização e notificação e investigação de mortes.
“A Sesau coordena as ações, fazendo capacitações e adquirindo
instrumentos e as cidades contribuem com a assistência à gestante e a
realização do pré-natal. Tudo isso é muito importante, pois 69,9% dos óbitos
seriam evitados por intervenção da Atenção Básica e da média e alta
complexidade”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde.
Para o secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, ainda
tem muito a ser feito, mas o Governo de Alagoas vem investindo para mudar essa
realidade. "Desde o início da sua gestão que o governador Teotonio Vilela
determinou que a luta contra a mortalidade fosse uma prioridade. Em parceria
constante com os municípios, nós criamos ações que ajudaram a começar a mudar a
realidade do Estado”, afirma Villas Bôas. “Esse trabalho tem sido constante, e
hoje já podemos enxergar mudança na vida das mães alagoanas".
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A Redação - 11/01/2017